Estratégia é uma das ferramentas utilizadas para tornar a Mark At Place, no Criciúma Shopping, uma loja agradável e diferenciada.
Já entrou em uma loja, onde tudo parece estar exatamente no lugar certo, garantindo que você encontre de forma acessível tudo o que precisa – e, às vezes, até mais do que procurava? No varejo, este é o cenário ideal que um estabelecimento deve proporcionar aos seus clientes e, muito disso, se conquista por meio do Visual Merchandising.
Mas o que seria o VM? De forma geral, trata-se de uma ferramenta que define estratégias de exposição que, por sua vez, vão proporcionar um maior apelo visual para contribuir com a venda dos produtos de um estabelecimento. “A primeira coisa que a gente percebe ao entrar em um ambiente é o visual, como o produto está exposto, se a loja está limpa, cheirosa, condizente com o que está sendo vendido. Ou seja, tudo vai da exposição”, explica a especialista em Visual Merchandising, Maria Isabel Corrêa.
A profissional, por exemplo, é a responsável pelas estratégias de VM utilizadas na Mark At Place, a loja conceito inaugurada há alguns meses no Criciúma Shopping. Só que o trabalho foi iniciado muito antes da abertura do estabelecimento, tendo começado já em uma parceria com o arquiteto que assinou o projeto do local.
“Dessa forma, pudemos estudar todos os detalhes, até mesmo para a escolha de manequins, araras, layout, iluminação, diferentes cabides e expositores, vitrines e cores. Nesse caso, a parte arquitetônica vem com a concepção inicial e, juntos, desenhamos o mobiliário em seus diferenciados tamanhos e usos, e definimos estratégias, como a iluminação voltada para os manequins e o fato de as araras não serem muito altas, para que a equipe possa sempre visualizar os clientes”, completa Maria Isabel.
Espaço e estoque
Outro ponto em que a expertise de um especialista em Visual Merchandising torna-se um diferencial para o negócio, está no fato de que o profissional leva a quantificação de produtos muito em consideração, para garantir que os pedidos sejam feitos na medida certa, mantendo a loja bem assistida e o estoque abastecido.
“Buscamos responder a pergunta: quanto cabe de produto neste espaço e como será distribuído? Algo muito importante, porque nos permite uma compra assertiva e um estoque mais bem preparado. Eu diria, até mesmo, que a questão da quantidade e de como as peças serão expostas é um dos fatores principais, para que tudo possa ‘conversar’ entre si e, consequentemente, garantir o sucesso do negócio”, argumenta.
Longo prazo
Após a inauguração do espaço, o trabalho de VM mantém-se periodicamente e passa a ser conectado, de forma direta, com o setor de marketing, principalmente no que diz respeito à criação das ações focadas no calendário do varejo.
Na Mark At Place, por se tratar de uma estrutura bastante flexível, o ambiente da loja é alterado a cada quinzena. De acordo com a especialista em Visual Merchandising, a ideia é que o cliente sempre veja uma novidade e se conecte com o momento, estação do ano ou data especial. “No varejo temos um ditado que diz: ‘movimento gera movimento’. Por isso, renovar é fundamental”, ressalta.
Nas vitrines
Porta de entrada para a maioria dos estabelecimentos voltados para a moda, as vitrines precisam se manter verdadeiramente impecáveis para atrair clientes, ao invés de assustá-los. “Por isso, cuidamos para que as roupas em exposição estejam passadas, precificadas e com tamanhos adequados para os manequins, que também precisam estar com calçados e seguir composições de looks coerentes”, finaliza Maria Isabel.