Dezembro Vermelho é marcado pela luta contra as Doenças e Infecções Sexualmente Transmissíveis.
As infecções por HIV/Aids no Brasil cresceram 21% nos últimos oito anos, segundo o estudo da Unaids, agência da Organização das Nações Unidas (ONU) especializada na epidemia. Para sensibilizar a população a se proteger mais, a Vigilância Epidemiológica de Forquilhinha reforça as orientações de prevenção e a importância do tratamento precoce contra esta doença.
A iniciativa faz parte do Dezembro Vermelho, mês oficial da luta contra as Doenças e Infecções Sexualmente Transmissíveis. A principal forma de transmissão é a relação sexual desprotegida. Para conter a epidemia, o Ministério da Saúde passou a investir no diagnóstico precoce por meio dos testes rápidos e no tratamento precoce, além da tradicional distribuição em larga escala de preservativos.
A importância do teste rápido é o foco de uma campanha local realizada em Forquilhinha. “A infecção pelo HIV ainda não tem cura, mas tem tratamento. O teste rápido é uma ótima maneira de identificar se você tem ou não o vírus do HIV. Antigamente o paciente precisava esperar uns 15 dias para receber o resultado, e hoje ele consegue receber o resultado em 15 minutos”, conta a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Giseli Scandolara Bosa.
O teste rápido é realizado de forma sigilosa pelas enfermeiras em todas as unidades de saúde e na Vigilância Epidemiológica. Não é necessário ter solicitação médica, basta procurar pela enfermeira responsável e informar o desejo de conhecer o seu status sorológico. “Uma pessoa pode permanecer durante anos com o vírus do HIV sem apresentar nenhum sintoma, mas permanece transmitindo. Por isso é importante fazer o teste, pois quanto mais cedo descobrir, fica mais fácil iniciar o tratamento para controlar a infecção”, declara Giseli.
Forquilhinha possui 84 pacientes em acompanhamento, sendo que 82% deles estão com a carga viral indetectável. Isto significa que os tratamentos estão sendo eficazes e a chance deles transmitirem o vírus é quase nula. “Com o tratamento hoje disponível no SUS, viver com o HIV mudou. Podemos considerar a infecção pelo HIV como uma doença crônica, mas que pode ser controlada. O tratamento é muito importante e deve ser levado a sério”, pontua Giseli.