Defesa Civil Regional fará estudos mais aprofundados com um geólogo no local.
Segundo informações repassadas pelo Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília à Defesa Civil Regional – Criciúma, o tremor sentido pelos moradores dos bairros Ouro Negro, Nova York e Vila Franca, de Forquilhinha e do bairro São Roque, de Criciúma, não foi registrado pelos sismógrafos do próprio observatório.
A situação foi registrada a pouco mais de dez dias, na quinta-feira, 2 de abril, entre 20h e 20h40min, e segundo a professora doutora do Observatório, Mônica G. Von Huelsen o incidente foi um tremor natural de magnitude próxima a 1,5 na Escala Richter.
Nossa equipe também entrou em contato com o Instituto de Astronomia, geofísica e ciência atmosférica da Universidade de São Paulo (USP) que informou que o tremor foi detectado pela estação da Rede Sismográfica Brasileira, em Tubarão. De acordo com o professor doutor da instituição, Marcelo Assumpção, a hipótese de alguma relação com a mineração é remota. “Baseado em nossa experiência, não há nada nos registros que indique tratar-se de uma detonação. Pelo contrário as poucas evidências indicam tratar-se de um tremor natural”, enfatiza Assumpção.
O professor da USP explica que alguns comparativos distingue o tremor causado por detonações, de tremores naturais. “Se as pessoas sentiram um segundo tremor, vários minutos depois, é mais provável tratar-se de dois tremores naturais, sendo que essa repetição não é incomum neste caso, e bem improvável em detonações”. Afirma.
Diante dos fatos, o coordenador regional da Defesa Civil, Rosinei da Silveira, fez uma análise local. “Levando em conta que a região não tem histórico de atividade sísmica, e que se trata de área minerada, pode ter ocorrido uma compactação do solo sobre alguma galeria, sendo, agora, necessário o estudo de um geólogo, ou outra pessoa capacitada, para as conclusões finais”, explicou.
A Coordenadoria Municipal da Defesa Civil de Forquilhinha já foi informada para contratar um profissional que faça este estudo e consiga as afirmações definitivas sobre o ocorrido.
Rosi Mizeeski
