A greve foi aprovada por cerca de 70% da categoria nas coletas de votos realizadas esta semana.
Os cerca de quatro mil trabalhadores dos 15 hospitais de Criciúma e região param as atividades a partir das zero hora desta segunda-feira, 23. A tentativa de evitar a greve na quarta rodada de negociação realizada na última semana, entre Sindisaúde e patronal não avançou.
A direção do Sindicato rejeitou a proposta de 100% da inflação do período estimada em 10,33% para os hospitais maiores São José, São João, Unimed e Regional de Araranguá pagas em parcela única em novembro.
O percentual de 70% do INPC em duas parcelas repassadas em janeiro e fevereiro aos hospitais São Donato de Içara e Nossa Senhora de Fátima de Praia Grande e, os demais hospitais 100% da inflação em quatro parcelas de janeiro a abril não retroativo.
“A proposta está longe de contemplar os anseios da categoria com muitas perdas e ainda não conquistamos vale-alimentação e redução da jornada, esperamos melhorias e sensibilidade dos patrões”, explica do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido.
Os serviços essenciais de urgência e emergência serão mantidos. Na proposta anterior haviam oferecido para os hospitais maiores: 70% do INPC em janeiro e os 30% restantes em março de 2016. Já as instituições menores pagam o total de 70% da inflação, ou seja, 7,23%, em duas parcelas sendo 35% na folha de fevereiro e 35% na folha de março.
A categoria reivindica:
- Reajuste de 10% de aumento real mais o INPC do período;
- Vale-alimentação de R$ 250,00; 00;
- Jornada de 06 horas diárias com uma folga semanal;
- Jornada de 12 X 36 com duas folgas mensais de quinze em quinze dias;
- Jornada comercial de 40 horas semanais;
- Fim do Banco de Horas;
- Pagamento pelas empresas do salário até o quinto dia útil e as obrigações trabalhistas como: decimo terceiro salário, FGTS e previdência social; plano de saúde para os empregados;
- Contratação de mais trabalhadores em respeito ao dimensionamento;
- Mudança da data base de novembro para abril;
- Homologação dos exames admissionais no sindicato.
Francine Ferreira – Maristela Benedet
