A economia em Santa Catarina, ao longo de 2017, passou a retrair cada vez menos e já registra variação positiva. Depois de dois anos de forte recessão, e crescendo abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a economia estadual inverte essa trajetória e passa a crescer significativamente acima da média brasileira.
Com base nos indicadores da atividade econômica de SC que embasaram essa estimativa do PIB estadual, se observou um crescimento de 1,75% nos últimos 12 meses até setembro. O Banco Central do Brasil (BCB) estimou para o Estado, nesse mesmo período, um crescimento de 1,68%, sendo que no acumulado do ano, estima crescimento de 3,14%. A economia brasileira, segundo os dados do PIB trimestral do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), retraiu 0,2% no mesmo período.
Nesse período, Santa Catarina registrou um crescimento em setores e atividades produtivas onde se destacou a agricultura, a indústria da transformação, principalmente a de alimentos, vestuário, máquinas e equipamentos, papel e celulose, metalurgia e veículos. A indústria têxtil vem crescendo, embora tenha reduzido o ritmo ao longo desse ano. No setor de serviços o destaque é o crescimento do comércio, da administração pública, dos serviços prestados às famílias, dos serviços de alojamento e alimentação e das atividades imobiliárias.
De acordo com o assessor econômico da Diretoria de Orçamento da Secretaria de Estado da Fazenda, o economista Paulo Zoldan, um dos fatores está no menor nível de desemprego do país, no extraordinário aumento da produção agrícola, das exportações e no menor endividamento.
“Temos a menor taxa de desemprego do país associado ao fato de termos um dos maiores crescimento de novos postos de trabalho. O rendimento médio do trabalhador catarinense também é maior que o do nacional. Outro fator foi o excelente desempenho da agricultura que dinamizou a economia de uma grande parcela dos municípios catarinenses, que tem no agronegócio sua principal atividade econômica. Isso gerou um efeito positivo em toda a cadeia produtiva desde a produção de insumos, a industrialização de alimentos, transportes, serviços, exportações e importações entre outros. Também os catarinenses estão menos endividados e com menos dívidas em atraso que a média das famílias brasileiras. Tudo isso, gerou um efeito positivo também no comércio, que foi o que mais cresceu no pais”, argumenta.