A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 25, anunciou 9.273 focos do mosquito Aedes aegypti que foram identificados este ano em 141 municípios catarinenses. O número é 32,3% a mais do que o registrado em todo o ano de 2016, quando 7.009 focos haviam sido identificados em 139 municípios.
Diante do risco de epidemias das doenças transmitidas pelo mosquito – dengue, zika e chikungunya durante o Verão – estão sendo intensificadas as ações de prevenção e controle do Aedes aegypti em todo o Estado, especialmente nos 61 municípios considerados infestados pelo mosquito. “O Aedes aegypti costuma aumentar sua circulação no Verão, em virtude da combinação da temperatura mais quente e chuvas. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada. Por isso, neste momento que antecede o período mais quente e úmido do ano, deve-se intensificar a eliminação de possíveis criadouros, impedindo o nascimento do mosquito e, como consequência, sua proliferação”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso.
“Nos últimos anos a Secretaria de Estado da Saúde vem estruturando uma rede de vigilância e prevenção contra o Aedes aegypti, composta por profissionais de saúde, laboratórios, veículos, equipamentos e materiais informativos de forma a prestar apoio aos municípios na execução das ações locais. Mesmo assim, é fundamental o envolvimento de todos os setores, como Educação, Assistência Social, Defesa Civil, Saneamento Básico e Obras, além da população, que tem um papel fundamental”, destacou Eduardo Macário, diretor de Vigilância Epidemiológica (Dive) da SES.
Entre as ações previstas para 2017/2018 estão reuniões mensais da Sala Estadual de Situação, capacitação de mais de 220 agentes em controle vetorial e vigilância, intensificação nas supervisões e assessorias aos municípios e distribuição do Manual de Orientação sobre o Decreto 1.079 (que cria comissões de articulação e monitoramento das ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública estadual direta e indireta).
Outros materiais informativos serão distribuídos à população – sobre prevenção e sintoma das doenças – e um específico para as empresas consideradas pontos estratégicos, como borracharias, floriculturas, ferros-velhos. Fluxograma de classificação de risco para aprimorar o manejo clínico da dengue serão entregues aos profissionais de saúde.
Também estão previstas reuniões com prefeitos, gestores de saúde e outros órgãos, além de representantes da sociedade civil nas regiões mais críticas do Estado, iniciando em Chapecó, que reunirá representantes de 40 municípios das regiões Oeste e Meio Oeste de SC na próxima semana. Além disso, está prevista a estruturação de uma equipe de força-tarefa em Xanxerê, região considerada de alto risco para ocorrência de epidemias. Essa força-tarefa também atuará em Chapecó, São Miguel do Oeste, Itajaí e Grande Florianópolis, municípios com alto grau de infestação.
Em atenção à Semana Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti (de 23 a 27 de outubro), o Governo do Estado realizou o evento de premiação do concurso Escola Promotora de Saúde na última segunda-feira, e participa da ação promovida durante esta semana pela Prefeitura de Florianópolis em frente ao Terminal de Integração do Centro, onde a população tem acesso a um minilaboratório para identificação de larvas de Aedes aegypti e recebe dicas para o combate ao mosquito. Diversas cidades catarinenses também estão realizando atividades alusivas à data.
Participaram também da coletiva de imprensa representantes da Defesa Civil, Exército, da Secretaria de Estado da Educação, da Diretoria de Vigilância Sanitária (DVS) e do Conselho das Secretariais Municipais de Saúde (Cosems).
Sala de Situação
A Sala Estadual para o combate ao Aedes aegypti orienta que todos os municípios infestados mantenham suas salas de situação em funcionamento. Em 2017, a Sala Estadual tem participado de videoconferências quinzenais com a Sala Nacional, discutindo assuntos como apoio das Forças Armadas, ações de mobilização da ação social e educação e realização do Levantamento Rápido de Índice (LIRAa) pelos municípios infestados.
A Sala Estadual de Situação é composta por:
- Secretaria de Estado da Saúde;
- Secretaria de Estado da Defesa Civil;
- Secretaria de Estado da Educação;
- Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável: Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (ARESC) e Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA);
- Secretaria de Estado do Planejamento;
- Secretaria de Estado da Casa Civil;
- Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania;
- Secretaria de Estado da Segurança Pública: Departamento Estadual de Trânsito, Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Militar;
- Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis;
- Federação Catarinense de Municípios (FECAM);
- Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN);
- Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS);
- Exército.