Durante os dias de folia do Carnaval, assim como toda Santa Catarina, o Sul catarinense não teve óbitos por afogamentos. No Estado, a situação é registrada pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina pela primeira vez em ao menos cinco anos, no que diz respeito às principais ocorrências de praias, como arrastamentos, afogamentos, embarcações à deriva e naufrágios.
Conforme o comandante geral do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, coronel BM Onir Mocellin, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático e que atua há mais de 30 anos nas Operações Veraneio, o bom resultado é motivo de comemoração e vai muito além dos últimos cinco anos. “Desde quando atuava nas praias como guarda-vidas, não lembro de algum Carnaval sem óbito por afogamento em Santa Catarina”, disse.
O coronel também afirma que não é possível elencar uma única causa para a obtenção de resultados tão positivos, mas sim vários fatores que colaboraram para os números. “Podemos apontar desde a intensificação de campanhas de orientação por parte do Corpo de Bombeiros Militar, até uma possível mudança no comportamento das pessoas e diminuição de público nas praias por conta dos dias chuvosos. O importante é continuarmos focados na prevenção e na orientação das pessoas para evitar acidentes”, disse.
Apesar disso, o número de acidentes de trânsito atendidos pelos Bombeiros Militares no estado aumentou em 19 casos, quando comparado com o Carnaval do ano passado. Foram registrados 405 atendimentos, enquanto no Carnaval de 2017 foram 386. Já o número de atendimentos pré-hospitalares, que engloba desde pessoas lesionadas em desavenças, até casos de desmaios, também diminuiu. Passou de 1929 casos no ano passado, para 1580 neste Carnaval.
“De maneira geral, podemos avaliar como extremamente positiva a atuação dos Bombeiros Militares e Guarda-Vidas Civis na Operação Carnaval em Santa Catarina. Não tivemos nenhuma ocorrência de maior vulto”, enfatiza o coronel Mocellin.