No Talent Lab desde maio, startup Dottcoin, recebeu toda a mentoria da Universidade. Evento ocorre no próximo dia 22 de agosto.
Muito se fala em criptomoedas nos últimos anos, sendo o Bitcoin a mais conhecida delas. Agora, Criciúma ganhará a sua própria moeda digital. Mais que isso, a CriCoin será a primeira criptomoeda de uma cidade da América Latina.
A novidade será lançada pela empresa Dottcoin, uma startup incubada no Talent Lab da Unesc desde maio deste ano. O evento Criciúma Cripto Day ocorre no próximo dia 22, a partir das 19h, no Auditório Edson Rodrigues, e irá contar com palestras sobre o universo das criptomoedas, explicações sobre a utilização da moeda virtual, como influenciou e como irá influenciar o mercado no futuro.
A sturtup Dottcoin está incubada na Unesc desde maio de 2022, sendo que na Universidade os idealizadores da startup chegaram apenas com a ideia do projeto e um domínio de site. De lá para cá tudo aconteceu dentro da instituição.
“A incubação foi um marco para nós. Até então nós tínhamos apenas uma ideia de algo muito abstrato. Assim que entramos na incubadora já iniciamos no Programa Galápagos que fez a nossa ideia tomar forma e ser o que é hoje”, salienta o CEO da empresa sturtup, Diego Fermiano, acrescentando que o objetivo é que a nova criptomoeda seja comercializada em estabelecimentos de Criciúma e futuramente integrada ao sistema público para recebimento de impostos de maneira transparente e segura.
A reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta destaca a relevância do trabalho desempenhado pela Instituição com o seu ecossistema de inovação. “Quem quer empreender tem aqui todas as oportunidades. Na Universidade não vai estar sozinho porque temos uma equipe de mentores altamente capacitada que acompanha os incubados e dá todo o apoio necessário, apresentando alternativas para que todos evoluam e ganhem o mercado”, ressalta.
Caminhos apontados pela Universidade
Uma das funções da Agência de Inovação da Unesc (Aditt) é criar os meios para que cada uma das empresas se desenvolvam, as levando ao amadurecimento, ingressando no mercado em seguida.
“Este evento promovido por eles está ligado a estas conexões que proporcionamos para cada empresa se desenvolver. Temos um ambiente riquíssimo para cada uma delas e ficamos felizes por eles escolherem a Unesc para apresentar o produto, por meio de um evento que seja não só um lançamento, mas também trazendo informações sobre um assunto tão moderno e relevante para o público interno. Além disso, levar para o público externo interessado”, destaca o gerente de Inovação da Universidade, Oscar Montedo.
Ele reforça que tudo isso está ligado ao Unesc Connect, projeto lançado pela Universidade recentemente. “Esta sinergia é muito importante entre o interesse comercial da empresa, mas também o nosso interesse em fomentar informação de qualidade dentro do nosso ambiente. Isso tem tudo a ver com o Unesc Connect, que é promover essa conexão entre a comunidade interna, as empresas incubadas, os nossos cursos e ao público externo”, cita.
A startup
A sturtup Dottcoin é uma corretora de Cripomoedas que, além de fornecer os serviços tradicionais de compra e venda de criptoativos, também capitaliza empresas utilizando essa tecnologia.
O CEO da empresa, Diego Fermiano, trabalha com mercado financeiro há sete anos e sempre quis empreender nesta área, até que no fim de 2021 começou a operar com uma prima e dois amigos. “Neste período, todos tivemos ideias do que fazer nesse universo. Entre uma conversa e outra, saímos de uma ideia de mesa proprietária (sistema onde pessoas operam o nosso capital) para uma corretora de criptomoedas que abre capital para outras empresas”, recorda.
Conforme ele, para abrir capital na bolsa de valores atualmente, uma empresa precisa de um faturamento acima de meio bilhão por ano, sendo que o processo pode levar mais de um ano para se concretizar e possui um custo alto. “Hoje na DottCoin, uma startup pode abrir capital lançando seu ICO, criando sua própria cripto e lançando em nossa plataforma. Empresas de grande porte também podem abrir capital na DottCoin de um jeito mais rápido, prático e seguro. E vale lembrar que o ICO não elimina o IPO que é a abertura de capital tradicional, um pode complementar o outro”, relata.
A Dottcoin é uma das 22 startups incubadas na Unesc e, conforme a gerente de Comunidade da Incubadora, Patrícia Darolt, é uma das empresas que teve 100% de participação nos encontros realizados no local.
“Quando eles entraram na incubadora, possuíam somente a ideia e eles mesmo relatam que durante o programa conseguiriam ter uma grande evolução. Mesmo em um curto espaço de tempo, eles alcançaram esta evolução e estão entrando no mercado agora. Iniciaram com a ideia do zero e todas as etapas fizeram bastante sentido para a evolução do projeto. Vejo que a equipe foi bem dedicada no programa, sempre participando das atividades e com dedicação ao projeto, conseguindo desenvolver a ideia”, destaca Patrícia, acrescentando que a iniciativa é voltada para a capacitação empreendedora de empreendedores com ideias em estágio inicial.
O evento de lançamento
O evento de lançamento da corretora de criptomoedas e da CriCoin terá a palestra de Renan Conti, que atua no mercado de criptomoedas há dois anos, e que abordará o tema “40 anos que precedem o Bitcoin e a evolução das criptomoedas”. Além dele, também falará ao público o empresário e investidor Cleverton Luis Schimidt, com o tema “Abertura de capitais em criptomoedas”.
Para encerrar, o CEO da Dottcoin, Diego Fermiano, irá proferir a palestra “A primeira criptomoeda de uma cidade da América Latina”, momento em que apresentará a moeda digital criciumense. “Daremos ao público uma palestra sobre a história dessa evolução do dinheiro nos últimos anos. Iremos fazer o lançamento oficial da nossa corretora, por meio da qual iremos explicar como uma empresa hoje pode abrir capital fora da bolsa de valores de maneira rápida, simples, segura e com baixo custo”, pontua.