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Somente em 2016, Santa Catarina já recebeu 56 notificações de casos de dengue

Dengue

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), de 1 a 11 de janeiro de 2016 foram notificados 56 casos de dengue em Santa Catarina. Destes, todos estão em investigação, aguardando resultado dos exames laboratoriais. Até o momento, nenhum caso de dengue foi confirmado no estado em 2016. Em 2015, foram confirmados 3.605 casos de dengue, 3.276 autóctones, 268 importados e 61 estão em investigação.

É uma doença infecciosa febril causada por um arbovírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor retro-orbital (atrás dos olhos), e manchas vermelhas na pele.

Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias numa cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da dengue e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.

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Comparando os anos de 2015 e 2016, na Semana Epidemiológica 01, em 2015, foram confirmados 7 casos autóctones de dengue, enquanto em 2016 nenhum caso foi confirmado no mesmo período.

Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em Santa Catarina, na Semana Epidemiológica 01/2016 (de 3 a 9 de janeiro de 2016), foram identificados 231 focos, em 32 municípios. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 147 focos em 20 municípios.

Atualmente existem 28 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.

Febre de Chikungunya

É uma infecção viral causada pelo Vírus Chikungunya, que pode se apresentar sob forma aguda (com sintomas abruptos de febre alta, dor articular intensa, dor de cabeça e dor muscular, podendo ocorrer erupções cutâneas) e evoluir para as fases: subaguda (com persistência de dor articular) e crônica (com persistência de dor articular por meses ou anos). O nome da doença deriva de uma expressão usada na Tanzânia que significa “aquele que se curva”.

A doença também é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada pelo vírus. Pessoas que estiveram nos últimos 14 dias em cidade com presença do Aedes aegypti ou com transmissão da febre de chikungunya e apresentar os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e tratamento adequado.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) informa que de 1 a 11 de janeiro de 2016, nenhum caso suspeito de febre de chikungunya foi confirmado em Santa Catarina. Em 2015 foram confirmados três casos de Chikungunya, dos quais um autóctone e dois importados.

Febre do Zika Vírus

É uma doença causada pelo vírus Zika (ZIKAV), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti, infectado. Pode manifestar-se clinicamente como uma doença febril aguda, com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves.

Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas. Porém, quando presentes, a doença se caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia, edema periarticular e cefaleia. A artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.

A partir de abril de 2015, o Brasil vem detectando casos de Febre do Zika Vírus. Atualmente há circulação do ZIKAV em 18 estados do país. Recentemente, foi observada uma correlação entre a infecção pelo ZIKAV e a ocorrência de Síndrome de Guillain-Barré (SGB) e casos de Microcefalia no nordeste do Brasil. Esta hipótese está em investigação, e foi decretada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.

Em Santa Catarina, seguindo orientações do Ministério da Saúde, a vigilância de Zika Vírus foi implantada em unidades sentinelas localizada em cinco (05) municípios Catarinenses. Essas unidades sentinelas têm como características essenciais o atendimento de parcela representativa da população, ser um serviço de pronto-atendimento, possuir boa articulação com a vigilância epidemiológica e capacidade para coletar, processar, armazenar e encaminhar amostras laboratoriais:

  • Chapecó: Pronto Atendimento Efapi;
  • Florianópolis: Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sul e UPA Norte;
  • Itajaí: Pronto Atendimento São Vicente;
  • Joinville: Pronto Atendimento Sul;
  • São Miguel do Oeste: Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leonardo Weissheimer.

Além da Vigilância sentinela, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica também monitora casos suspeitos de Zika vírus oriundo de outros estados (importados), com o objetivo de desencadear ações oportunas de controle vetorial.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) informa que de 01 a 11 de janeiro de 2016 foram notificados cinco casos suspeitos de Febre do Zika Vírus em Santa Catarina, todos permanecendo em investigação. Até o momento, nenhum caso de Zika Vírus foi confirmado em 2016. Em 2015 foram notificados 68 casos, dos quais 8 foram confirmados (todos importados), 33 foram descartados e 27 permanecem em investigação.

Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:

– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;

– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

– Mantenha lixeiras tampadas;

– Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;

– Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;

– Mantenha ralos fechados e desentupidos;

– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;

– Retire a água acumulada em lajes;

– Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;

– Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;

– Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.

– Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;

– Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya o Zika vírus, procure uma unidade de saúde para atendimento.

Francine Ferreira – Eduardo Correia


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