Na primeira rodada de negociação nesta segunda-feira, 20, no Hospital São José, os trabalhadores não aceitaram a proposta patronal de somente o INPC de 1,83% em todos os reajustes a ser pago nos hospitais São José, São João e Unimed a partir de 1º de novembro e nos demais a partir de 1º de janeiro sem retroativo.
Um dos itens que a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde) disse não abrir mão de resguardar os direitos é a manutenção da cláusula da jornada 12 x 36 com o pagamento do feriado em dobro. “Eles não querem manter o pagamento em dobro na cláusula alegando que esta jornada já é garantida em lei em Sumula do TRT de 2004, mas sabemos que isso pode cair no futuro”, pontua o presidente do Sindicato João Martins Estevam.
Outro ponto negado pelos trabalhadores é a retirada da homologação no sindicato. “É somente lá que o trabalhador terá a garantia que estará recebendo as verbas rescisórias como todos seus direitos, de outra forma, poderá haver erros e o trabalhador nem sempre está ciente do que lhe é devido”, explica João.
Na avaliação do diretor do Sindisaúde, Cléber Ricardo da Silva Cândido, oferecendo somente a inflação baixa ainda para ser paga no próximo ano fica bem claro que querem implantar a reforma Trabalhista retirando todas as conquistas. “Só vamos fechar o acordo com as cláusulas que não retirem e mantenham os direitos”, disse.
Nas reivindicações da categoria estão à garantia de manutenção dos direitos conquistados nas cláusulas sociais há quase 10 anos; INPC do período de 2,5%, mais 2% de aumento real e vale-alimentação ampliado de R$ 100,00 para R$ 170,00. São cerca de 4 mil trabalhadores em 19 hospitais da região. Os protestos nos hospitais seguem durante esta semana.
Uma nova negociação deve ser agendada para a próxima semana sem data prevista.