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Setembro Amarelo: como posso ajudar?

Jéssica Horácio de Souza

Psicóloga Jéssica Horácio – CRP 12/14394 – Psicoterapeuta Corporal

Você bate o dedinho na quina da mesa e “Aaii!” dói como nunca: você grita, reclama, solta todos os palavrões guardados na caixa da inadequação, e por fim, segue adiante.

Você termina aquele relacionamento amoroso e no ato chora, se desespera, soluça, e apesar dos dias de adaptação, segue adiante.

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Você perde aquele processo seletivo que tanto queria participar e esbraveja, “fecha a cara”, questiona a vida e todas as entidades de que já ouviu falar, não cumprimenta um velho amigo na rua, fica de mau humor e decide seguir adiante.

É isso o que acontece quando sabemos os motivos das nossas dores: encontramos respostas e isso por si só acalma e proporciona a construção de significados. Embora que saber o motivo da nossa dor não a diminui, compreender a origem dela promove uma resolução processual. É como se encontrássemos um caminho definido de como experimentá-la: tem início, meio e fim. Agora, você já imaginou o quanto pode ser difícil lidar com emoções das quais não se sabe a origem e nem o significado que possuem?

São porquês soltos, sem respostas ou ás vezes as respostas não preenchem os vazios que se sente, na verdade, só se sente. O “nó na garganta” se torna um companheiro inseparável, os suspiros também assim como o “desânimo” que caminha sempre de mãos dadas com a falta de energia. Ás vezes o senso de obrigação até coloca a pessoa em contato com a sociedade, porém a sensação de que todos são felizes e tem sentido para viver acaba chamando a presença da descrença e da solidão para junto de si.

Todas essas emoções são processadas juntamente com vários pensamentos negativos e irreais mas que quando acionados com o sofrimento, fazem todo o sentido do mundo. Somado à isto vem toda a história pessoal do indivíduo: seus traumas e crenças. E, uma série de cobranças externas proferidas por familiares, colegas, amigos que não compreendem empaticamente a dor vivida por aquele indivíduo que também não se entende.

Quem passa por este acúmulo emocional geralmente não sabe o melhor caminho para se reconstruir, mas tem algo que eles sabem: que cobranças e julgamentos os fazem se sentir mais fragilizados e impotentes reforçando muitas crenças internas negativas que tem a respeito de si e da vida.

Do que é que você precisa quando está se sentindo triste? E quando está irritado? E quando está desanimado? Acolhimento é um remédio poderoso diante de intensos conflitos emocionais independente do tempo que eles durem.

Percebe o quanto as interações sociais são importantes no enfrentamento de uma dor? É que é na nossa primeira relação de amor que geralmente é construída com nossos pais, que aprendemos o quanto o contato afetivo representa conforto e amparo. Todas as nossas relações; cada qual do seu jeito; pode oferecer este cuidado para com o outro.

Receber um carinho ou até mesmo uma palavra de apoio sem pedidos em troca contribui para o compartilhamento daquele amontoado de emoções, é que carregar dores sozinhos as vezes é demasiado cansativo principalmente quando não se sabe o que fazer com elas.

Então agora que você compreendeu que o sofrimento emocional não é uma conta matemática com um resultado exato, mas sim que é um complexo sistema de crenças e pensamentos acerca de si e do mundo que são construídos ao longo de toda uma vida, pode exercitar sua capacidade empática repassando esta informação àquelas pessoas que ainda não tem este conhecimento. Ou ainda, pode oferecer seu ouvido para escutar aquela pessoa que está passando por conflitos emocionais sozinha…

Caso nenhum desses dois casos faça parte da sua realidade, exercite então sua capacidade de expressar os seus sentimentos para aquelas pessoas que você confia, faça delas redes de apoio, e permita ser a rede de apoio delas também. Se nós desenvolvermos a habilidade de identificar, dar nome e assumir nossas emoções, os transtornos psicológicos diminuirão e conseguiremos construir relações mais sólidas e incondicionais.


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