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Polícia Federal leva secretário de Administração e Finanças de Forquilhinha para depor coercitivamente

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Matéria atualizada às 12h25min. 

Investigação diz respeito à empresa privada de Ademir Brandieli Pedro, que presta assessoria contábil para outra organização investigada. 

A Polícia Federal e Receita Federal cumpriram mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão em Forquilhinha na manhã desta terça-feira, 17.

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De acordo com o procurador de Forquilhinha, Ander Warmling, o secretário de Administração e Finanças de Forquilhinha, Ademir Brandieli Pedro, foi levado coercitivamente à depor, por conta de uma investigação que envolve sua empresa privada, que por sua vez, presta assessoria para uma empresa investigada.

Mais informações foram concedidas em entrevista coletiva na Delegacia de Polícia Federal em Criciúma, onde o Chefe da Polícia Federal de Criciúma, delegado Nelson Luiz Napp, esclareceu que a empresa investigada em Forquilhinha é a BRAMAC Construções, e que Ademir Brandieli Pedro foi levado à depor porque a empresa de assessoria contábil em que trabalha presta assessoria para essa mesma construtora investigada. (Leia matéria com as informações da coletiva de imprensa aqui.)

A investigação gira em torno de possíveis fraudes em licitações e desvios de recursos destinados ao saneamento básico, através de verbas oriundas da Funasa, ou seja, do Governo Federal.

Confira a nota, na íntegra, enviada pela Polícia Federal

A Polícia Federal, em operação conjunta com a Controladoria-Geral da União e a Receita. Federal do Brasil, desencadeou nesta terça-feira, 17/5, a OPERAÇÃO ÁGUA DE PRATA, com o objetivo de reprimir organização criminosa que estaria infiltrada em diversas prefeituras municipais do extremo sul de Santa Catarina, desviando recursos públicos obtidos através de convênios com a União para obras de saneamento do PAC II.

O nome da operação é uma alusão a um dos aquedutos construídos em Portugal no reinado de D. João III (1521/1557), em que ficou constatado que o responsável pela fiscalização, PERO BORGES, teria desviado 50% dos recursos a ela destinados. Um ano após ser condenado, foi nomeado ouvidor-geral do Brasil, com a missão de distribuir justiça na então colônia.

As apurações iniciaram em fevereiro de 2015 e resultaram na instauração de diversos inquéritos policiais, os quais descortinaram uma organização criminosa especializada no direcionamento e fraude em procedimentos licitatórios, além de desvios de recursos públicos através da execução inadequada de projetos de saneamento básico em ao menos 9 (nove) municípios do Estado de Santa Catarina, bem como lavagem de dinheiro.

No decorrer das investigações foi possível constatar diversas falhas nos procedimentos licitatórios, que teriam restringido a publicidade e o caráter competitivo da licitação, além de conluio entre as empresas concorrentes, resultando em propostas muito próximas aos limites exigidos nesses procedimentos.

Com o apoio da Controladoria-Geral da União foi possível comprovar que as empresas investigadas não executavam as obras de acordo com os projetos e as propostas que apresentavam nos procedimentos licitatórios em que se sagravam vencedoras, executando-os de forma irregular para obter um lucro muito maior, em prejuízo ao Erário.

Em apenas 03 (três) obras fiscalizadas teriam sido desviados cerca de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).

Foram cumpridos 34 (trinta e quatro) mandados de busca e apreensão, 04 (quatro) mandados de prisão preventiva e 17 (dezessete) mandados de condução coercitiva em endereços localizados nos municípios de Criciúma/SC, Orleans/SC, Siderópolis/SC, Cocal do Sul/SC, Jacinto Machado/SC, Araranguá/SC, Sombrio/SC, Balneário Gaivota/SC, Turvo/SC, Santa Rosa do Sul/SC, Arroio do Silva/SC, Forquilhinha/SC, Meleiro/SC, Urussanga/SC, Florianópolis/SC, São José/SC e Concórdia/SC, com a mobilização de cerca de 160 policiais federais.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, estelionato, fraude em licitações, uso de documento falso, falsificação de documento público, advocacia administrativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro, dentre outros.

Francine Ferreira

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