Com a proximidade de mais uma temporada de verão, quando as altas temperaturas favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue.
A Secretaria de Estado da Saúde inicia campanha de mídia e nas redes sociais para alertar a população sobre os riscos da doença. Nas peças publicitárias e posts, o governo do Estado enfatiza a importância da participação de todos no controle e na eliminação dos criadouros do mosquito para evitar uma nova epidemia da doença no Estado.
As medidas incrementadas pelo governo de Santa Catarina começaram em agosto deste ano, com o repasse de R$ 1.716.054,10 aos 57 municípios em situação de risco para transmissão da dengue. O desenvolvimento e lançamento do site www.dengue.sc.gov.br pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) é outra iniciativa para reforçar a conscientização da sociedade em relação às medidas de prevenção, assim como a produção de um fôlder específico com tiragem de 1 milhão de unidades.
Dia Nacional de Combate à Dengue
No próximo sábado, 21, Dia Nacional de Combate à Dengue, diversos municípios realizarão o “Dia D”, com diferentes ações alusivas à data, como mutirões de limpeza urbana, identificação e eliminação dos recipientes que possam servir de criadouros, divulgação da realidade local e orientação à população a respeito das ações de prevenção e controle da dengue.
As ações incluem também orientações sobre a febre do chikungunya e da febre do zika vírus, outras duas doenças infecciosas febris causadas por vírus transmitidas pelo mesmo mosquito. Elas foram introduzidas recentemente no Brasil, e já apresentam transmissão em diversos estados.
Em 2015, Santa Catarina enfrentou sua primeira epidemia de dengue, ocorrida em Itajaí, com mais de 3 mil casos confirmados na última temporada de verão. Entre janeiro e outubro deste ano, foram confirmados 3.578 casos de dengue, sendo 3.269 autóctones (transmissão dentro do Estado), 253 importados e 56 permanecem em investigação. Em 2014, 69 casos foram confirmados, sendo três autóctones e 66 importados.
“Dentre os fatores que contribuíram para o aumento dos casos, podemos destacar a chegada de casos importados ao Estado em período de viremia, que é a fase em que o mosquito Aedes aegypti se infecta caso pique a pessoa doente; a manutenção e a presença disseminada de focos do mosquito; o grande fluxo de turistas e de mercadoria, ampliando a probabilidade de casos importados”, elenca João Fuck, coordenador estadual do Programa de Controle da Dengue da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC). O clima atípico, com temperaturas elevadas e chuvas, também fornece as condições ideais para proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Como evitar
A fêmea do mosquito Aedes aegypti deposita seus ovos nas paredes de recipientes que tenham ou que possam acumular água parada. O clima quente e úmido fornece as condições ideais para proliferação. Cada pessoa deve ficar atenta e eliminar os criadouros potenciais em suas casas.
Dicas
- Mantenha as calhas para água da chuva desentupidas;
- Mantenha a caixa d’água com a tampa completamente vedada;
- Retire a água acumulada na laje;
- Elimine qualquer objeto que possa acumular água, como as partes de garrafas de vidro utilizadas em cima dos muros;
- Guarde pneus velhos e outros objetos que possam acumular água em locais secos e abrigados da chuva;
- Lave os potes de comida e de água dos animais com escova, uma vez por semana, no mínimo;
- Lave semanalmente, com escova, a parte interna dos tanques utilizados para armazenar água;
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas porque acumulam água;
- Troque, semanalmente, a água dos vasos com plantas aquáticas e lave a parte interna do vaso com escova;
- Trate a água de piscinas com cloro e limpe-as uma vez por semana. Utilizar uma capa como cobertura não impede os focos do mosquito.
A dengue em Santa Catarina
- 2015 (até 7 de outubro): 3.578 casos confirmados, sendo 3.269 autóctones, 253 importados e 56 em investigação;
- 2014: 69 casos confirmados, sendo 66 importados e 3 autóctones;
- 2013: 255 casos confirmados, sendo 236 importados e 19 autóctones;
- 2012: 85 casos, sendo 83 importados e 1 autóctone;
- 2011: 130 casos, sendo 128 importados e 2 autóctones;
- 2010: 185 casos, sendo todos importados;
- 2009: 55 casos, sendo todos importados;
- 2008: 51 casos, sendo todos importados;
- 2007: 127 casos, sendo todos importados.