Entrega da portaria às coordenadoras ocorreu na noite desta terça-feira.
Como uma das pioneiras no Estado, a Unesc lançou nesta terça-feira, 12, a Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas. Além da Unesc apenas a UFSC tem um setor como esse em Santa Catarina. A secretaria tem o intuito de promover o reconhecimento da diversidade e articular a criação de políticas afirmativas para a construção de uma cultura de paz.
“Nós temos aqui dentro uma diversidade de pessoas, que vem de diferentes lugares e que tem diferentes pensamentos. Como Universidade Comunitária nós precisamos ter um lugar de discussão, de promoção de estratégias factuais, que venham a desenvolver na comunidade acadêmica esse sentimento de tolerância. Me causa ainda muito desconforto quando observo acadêmicos, funcionários, professores, vítimas de tolerância dentro desta casa. Por isso, esse é o momento, este é o tempo, e estas são as pessoas que devem estar à frente deste trabalho”, ressaltou.
A Secretaria será coordenada pelas Psicólogas Janaína Damásio Vitório, e Rita Guimarães Dagostim, ambas colaboradoras da Unesc. Segundo Janaína, a secretaria vem para reunir as ações que já são promovidas pela Universidade. “A secretaria vai alinhar trabalhos e formar parcerias com o intuito de desenvolver trabalhos mais coletivos, buscando soluções e potencializar projetos como o SAMA (Setor de Apoio Multifuncional de Aprendizagem), o NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e de Minorias), o DIDH (Programa Diversidades, Inclusão e Direitos Humanos), dentre outros”, ressaltou.
Direitos Humanos e uma cultura de paz
O encontro também contou com uma palestra sobre “Direitos Humanos e uma Cultura de Paz”, ministrada pela professora doutora da Unesc Fernanda da Silva Lima, e pelo professor phd Flavio Mesquita da Silva. O debate foi mediado pelo professor da Unesc João Batanolli.
“Quando nós estamos falando de Direitos Humanos, nós estamos falando de direitos que se referem a nossa essência enquanto ser humano. São os direitos a liberdade, o direito de ser, de viver, de cada um poder escolher sua religião, do livre pensar e de se expressar, desde que não falte o respeito com os outros, e de outros direitos que também estão escritos em normas de direito internacional”, ressaltou Fernanda.
Saiba mais
Relações étnico-raciais, valores humanos e meio ambiente, gênero, saúde mental, diversidade sexual, inclusão digital, entre outros temas, serão desenvolvidos pela secretaria por meio da criação de linhas e grupos de pesquisa interdisciplinares, pela promoção de espaços e incentivo de diálogos entre projetos e programas institucionais de respeito às diversidades, pela organização de um acervo que reúna informações sobre os diversos projetos, e assim por diante.