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Santa Catarina tem taxas de hepatites virais acima da média nacional

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O diagnóstico precoce e o tratamento das hepatites virais foram os principais temas debatidos no Fórum Catarinense sobre Hepatites Virais que ocorreu nesta semana na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis. Em torno de cem pessoas participaram do evento, entre profissionais de saúde e representantes da sociedade civil organizada. O fórum foi organizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e pela Comissão de Saúde da Alesc, presidida pelo deputado Neodi Saretta.

“Estamos aqui para divulgar os dados, as estatísticas e, também, trazer informações para aprimorar as condições de diagnóstico, cada vez mais precoces, e o acesso ao tratamento das hepatites”, disse o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso, na abertura do fórum, ao lado do secretário adjunto para Assuntos Finalísticos, Murillo Capella.

Em Santa Catarina, o perfil da doença é bastante específico, com grande concentração de casos de hepatite C na região do Litoral e transmissão intensa de hepatite B no Oeste. “Os níveis estão acima do registrado no restante do Brasil. Por isso, nossa preocupação é constante para que possamos vacinar adequadamente a população para hepatite B, fazer o diagnóstico precoce e, a partir dele, encaminhar os pacientes para o tratamento, que é disponibilizado pelo Ministério da Saúde”, complementou o médico infectologista Fábio Gaudenzi, superintendente de Vigilância em Saúde.

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A taxa de incidência de hepatite B em Santa Catarina é de 21,9 casos/100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 7,6. Em relação à hepatite C, a taxa catarinense é de 17,8/100 mil habitantes, superando a média nacional, que é de 12,6, conforme os dados apresentados pela enfermeira Dulce Quevedo, gerente de Vigilância das DST/Aids e Hepatites Virais da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC) da SES.

Segundo ela, foram notificados 1.103 novos casos de hepatite B, com maior incidência nas regiões Extremo-Oeste (70,5 casos por 100 mil/hab), Oeste (62,2, casos/100 mil hab) e Xanxerê (34,2 casos por 100 mil/hab). Em relação à hepatite C, foram 780 novos casos em 2016, com maior incidência nas regiões Carbonífera (34,8 casos por 100 mil/hab), Extremo Sul catarinense (22,4 casos por 100 mil/hab) e Laguna (20 casos por 100 mil/hab).

Registram-se em torno de 500 mortes ao ano por doenças relacionadas às hepatites em Santa Catarina, como cirrose e câncer de fígado. Importante considerar que a rede pública de saúde oferece vacinação gratuita contra a hepatite B. No entanto, a cobertura vacinal é de apenas 53,4%.

Participaram também do fórum, como palestrantes, a representante do Departamento das IST/HIV/AIDS e das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Elisa Cattapan; a titular da Diretoria de Assistência Farmacêutica da SES, Maria Teresa Agostini; a gerente técnica de Biologia Médica do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC), Cristine Ferreira; o representante da Sociedade Catarinense de Infectologia, médico infectologista Luiz Gustavo Escada Ferreira; e a representante da Sociedade Catarinense de Gastroenterologia, Janaína Luz Narciso Schiavon.

Francine Ferreira – Letícia Wilson e Patrícia Pozzo


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