O balanço parcial divulgado nesta quarta-feira, dia 21, pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina aponta que foram confirmados 3.995 casos de dengue autóctones, ou seja, com transmissão dentro do estado, entre janeiro e 17 de dezembro deste ano.
Em 2015, neste mesmo período, foram registrados 3.279 casos autóctones, representando um aumento de 18%. Desses, 2.441 (61,1%) foram confirmados no município de Pinhalzinho, no Oeste catarinense. Além de Pinhalzinho, os outros sete municípios que apresentaram níveis de transmissão epidêmicos, todos na região Oeste, são: Serra Alta, Bom Jesus, Coronel Freitas, Descanso, Modelo, Chapecó e União do Oeste.
Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre do chikungunya e do zika vírus, foram identificados 6.843 focos, em 137 municípios, de acordo com o Boletim Epidemiológico 35/2016, com dados até 17 de dezembro. Neste mesmo período, em 2015, tinham sido identificados 6.996 focos em 116 municípios. Em comparação ao boletim n° 34, divulgado há duas semanas, houve um aumento de 190 focos do mosquito, identificados em 39 municípios. “Esse crescimento reforça a importância da intensificação dos cuidados para eliminar depósitos com condições propícias para reprodução do Aedes aegypti especialmente neste período do ano, em que há calor e chuvas intensas”, alerta João Fuck, coordenador do programa de controle da dengue de Santa Catarina.
Santa Catarina em alerta
De acordo com o boletim epidemiológico, atualmente há 50 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Bom Jesus, Caçador, Camboriú, Campo Erê, Catanduvas, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Itapiranga, Ipuaçu, Joinville, Jupiá, Maravilha, Modelo, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, Porto União, Quilombo, São Bernardino, São Carlos, São Domingos, São José, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Santo Amaro da Imperatriz, Saudades, Seara, Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. Em 27 deles há transmissão autóctone.
“Embora o maior número de municípios infestados pelo Aedes aegypti e com transmissão de dengue estejam localizados na região Oeste do estado, é fundamental que se mantenha a vigilância constante para a eliminação de potenciais criadouros do mosquito em todo o estado”, ressalta João Fuck.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
- Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
- Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
- Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue;
- Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
- Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para atendimento.