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Santa Catarina já registra 147 casos suspeitos de gripe em 2017

tosse

De 1º de janeiro a 8 de abril foram confirmados 147 casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Santa Catarina. Destes, 15 (10,3%) foram confirmados para Influenza, sendo um pelo vírus Influenza A (H1N1), 12 pelo vírus A (H3N2), um está aguardando subtipagem para identificação do tipo de vírus influenza A e um pelo vírus influenza B.

Outros 103 casos de SRAG tiveram resultado negativo para influenza A e B (SRAG não especificada), um SRAG por outro vírus respiratório e 28 casos se encontram em investigação, aguardando confirmação laboratorial.

Os municípios que apresentaram casos confirmados de SRAG pelo vírus Influenza foram: Blumenau (2 casos), Florianópolis (2 casos), Sangão (2 casos), Balneário Camboriú (1 caso), Chapecó (1 caso),Imbituba (1 caso), Itajaí (1 caso), Lages (1 caso), Mafra (1 caso), Palhoça (1 caso),e Tunápolis (1 caso), e um caso residente no estado do Paraná. Em relação àidade, os casos de SRAG confirmados por influenza, acometeram indivíduos nas faixas etárias: <2 anos (um caso), de 20 a 29 (um caso), de 30 a 39 (quatro casos), de 40 a 49 (dois casos), de 50 a 59 (quatro casos) e acima de 60 anos (três casos).

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Dos quinze casos de SRAG confirmados como influenza, noveapresentaram algum fator de risco associado, trezeevoluíram para a cura e 2 (dois) óbitos. Somente 1 (um)paciente não fezuso do antiviral Oseltamivir(Tamiflu) equatorze fizeram uso de antiviral em até 5dias após o início dos sintomas de síndrome gripal (febre, tosse ou dor de garganta e, pelo menos, mais um dos sintomas: mialgia, cefaleia ou artralgia).

Perfil dos óbitos em Santa Catarina

Até o dia 12/04/2017, foram notificados 15 óbitos por SRAG. Sendo 02 (dois) casos confirmadospelo vírus Influenza A (H3N2), 12 (doze) tiveram resultado negativo para o vírus influenza A e B, classificados como SRAG não especificadae um caso diagnosticado como SRAG por outros vírus respiratórios.

Os dois óbitos acometeram pacientes residentes em Lages e Florianópolis, que apresentaram fatores de risco associados, sendo um portador de Diabetes Miellituse outro de doença cardiovascular crônica e obesidade. Ambos fizeram uso de oseltamivir três dias após o início dos sintomas.

Comparação de casos confirmados de SRAG pelo vírus influenza 2012- 2017

O monitoramento dos casos de SRAG, confirmados por influenza por meio do SINAN Influenza Web,indica que no período de 2012 a 2015 o aumento na detecção de casos sempre iniciava na última semana do mês de abril. Já em 2016, observa-se um aumento no número de casos confirmados de SRAG por influenza a partir da SE 9 (28/2 a 5/3), com um pico na SE 14 (3 a 9/4), logo após, verifica-se uma queda no número de casos até a SE 21 (22 a 28/5).Em 2017, até a SE 14, os casos apresentados estão dentro do esperado para o período (Figura 5).

Os meses de janeiro a abril sempre foram meses de baixa circulação de vírus influenza em Santa Catarina, tendo sido confirmados, nesse período, oito casos em 2012, 21 casos em 2013, sete casos em 2014 e seis casos em 2015. Em 2016, neste período, foram confirmados 404 casos de SRAG por influenza, uma ocorrência atípica para este tipo de vírus. Os meses de maio a agosto são aqueles em que, historicamente, há maior circulação do vírus influenza, e a ocorrência de casos em 2016acompanhou a tendência histórica. Em 2017, os números acompanham as tendências apresentadas até o ano de 2015.

Em relação aos tipos de vírus influenza predominantes em Santa Catarina, em 2012 houve predomínio do vírus influenza A (H1N1) pdm09, com 722 casos e 75 óbitos. Em 2013, o vírus influenza A (H1N1) pdm09 também predominou (229 casos e 34 óbitos), no entanto, os casos de influenza A (H3N2) também foram significativos (133 casos e seis óbitos). Em 2014, ocorreu um predomínio na circulação do vírus influenza A (H3N2) (146 casos e nove óbitos). Em 2015, ocorreu uma baixa circulação de ambos os vírus. (Tabela 8). Em 2016, houve o predomínio do vírus influenza A (H1N1) pdm09 (722 casos e 114 óbitos). Em 2017, até o fechamento deste boletim,é possível indicar que o vírus que irá circular nessa temporada será o vírus A (H3N2).

– Os dados contidos nesse informe são da vigilância universal de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que monitora os casos hospitalizados e óbitos com o objetivo de identificar o comportamento do vírus influenza, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão frente à ocorrência de casos graves de SRAG causados pelo vírus. Os dados são coletados pelas secretarias municipais de saúde por meio de formulários padronizados e inseridos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação on-line: SINAN Influenza Web. As amostras laboratoriais são coletadas e encaminhadas para análise no Laboratório Central (Lacen). As informações apresentadas neste informe são referentes ao período que compreende as semanas epidemiológicas (SE) 1 a 14 de 2017, ou seja, casos com início de sintomas de 3/1/2017 a 08/04/2017.

– Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) refere-se aos casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória, sem outra causa específica que, na maioria dos casos, levam à hospitalização. Os casos podem ser causados por vírus respiratórios, dentre os quais predominam os da influenza do tipo A e B; ou por bactérias, fungos e outros agentes.

Francine Ferreira – Secretaria de Estado da Saúde


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