Os seis primeiros meses de 2017 foram marcados por instabilidades no setor de carnes do Brasil, porém Santa Catarina caminha à margem desse processo e registra alta nas exportações de carne suína e de frango. No acumulado do ano, a quantidade de carne suína enviada para outros países já é 8,29% superior a 2016 e o faturamento cresceu 42,95%. A boa notícia vale também para carne de frango que encerra o semestre com alta tanto na quantidade vendida quanto nas receitas.
Em junho, as exportações de carne suína tiveram ótimos resultados, superando os números de maio e também os índices do mesmo período de 2016. Foram 25,7 mil toneladas exportadas, 26,7% a mais do que no mês de maio, faturando mais de US$ 63,7 milhões – valor 22,4% superior ao último mês e 33% maior do que o mesmo período de 2016.
A carne suína vem sendo o grande destaque das exportações catarinenses. Só nesse primeiro semestre, as vendas do produto já renderam US$ 330,6 milhões, quase 43% a mais do que no mesmo período do ano passado. Ao todo foram exportadas 139 mil toneladas de carne suína para países como Rússia, China e Hong Kong.
O bom momento se reflete também nas exportações de carne de frango. No mês de junho, foram 82,6 mil toneladas exportadas, faturando mais de US$ 152,7 milhões. Um aumento de, respectivamente, 15,83% na quantidade e de 8,8% nas receitas em relação ao último mês.
Nesse primeiro semestre de 2017, Santa Catarina já vendeu 461,9 mil toneladas de carne de frango e arrecadou US$ 863,4 milhões. A carne de frango é o principal produto das exportações catarinenses e respondeu por 16,9% de tudo o que foi exportado pelo estado em junho. Os principais mercados da avicultura catarinense são o Japão, China, Países Baixos, Arábia Saudita e Reino Unido.
O grande diferencial de Santa Catarina é a questão da sanidade animal. O secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, explica que no estado a saúde dos rebanhos é prioridade e é justamente isso que dá acesso aos mercados mais competitivos do mundo. “Somos o único estado do Brasil reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal como área livre de febre aftosa sem vacinação e, junto com o Rio Grande do Sul, fazemos parte de uma zona livre de peste suína clássica. Essa é uma prova do comprometimento do Governo do Estado, produtores rurais e iniciativa privada em manter a sanidade dos nossos rebanhos. É um desafio diário e nós trabalhamos muito para superá-lo”, ressalta Sopelsa.
Os números foram divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri).