Santa Catarina espera uma safra de milho 16% menor este ano. As estimativas iniciais do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) são de que o estado tenha uma redução na área plantada e também na produtividade do grão, resultando em uma colheita de aproximadamente 2,7 milhões de toneladas na safra 2017/18. Os números foram divulgados no Boletim Agropecuário deste mês.
Os produtores catarinenses devem destinar 332 mil hectares para o plantio de milho, uma área 12,36% menor do que na safra 2016/17. Essa tendência é observada também em nível nacional e, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil terá uma safra de milho 17,3% menor este ano.
A colheita menor tem impacto direto no setor produtivo de carnes em Santa Catarina. Como maior produtor nacional de suínos e segundo maior produtor de aves, o estado consome em média seis milhões de toneladas de milho todos os anos. De acordo com o secretário da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, o estado já começa pensar em rotas alternativas para que o milho chegue com um preço mais competitivo em Santa Catarina. “Queremos aproximar o Paraguai e o mercado catarinense, através da região Oeste. Trazendo milho do Paraguai, nós conseguimos um preço melhor do que aquele vindo do Centro-Oeste, de onde nós normalmente compramos”, ressalta.
Entre os motivos que levaram os agricultores catarinenses a abandonarem o cultivo de milho grão estão os altos custos de produção e o preço abaixo do esperado na última safra, fatores que tornaram a soja mais atrativa. Além disso, muitos produtores estão investindo na produção de milho silagem.