O agronegócio catarinense supera os desafios e retoma o crescimento das exportações de carnes. Grande produtor de alimentos, Santa Catarina encerra o mês de maio com saldo positivo nas vendas internacionais de carne de frango, suína e bovina. Só no último mês, o Estado embarcou 105,4 mil toneladas de carnes, faturando US$ 182,6 milhões – quase 23% a mais do que em abril.
O governador Eduardo Pinho Moreira comemorou o resultado comercial e econômico, destacando a conquista de novos mercados pela produção catarinense. “É um estímulo importante num momento em que o Estado promove ainda mais a valorização de nossos produtos com o Compre de SC e comprova o acerto do esforço do governo para garantir a eficiência do agronegócio”, disse.
“Apesar de todas as dificuldades enfrentadas em maio, principalmente no acesso a determinados mercados e com a greve dos caminhoneiros, o agronegócio catarinense continua apresentando números positivos. Prova da competência do setor e da determinação em buscar mercados competitivos para as carnes produzidas em Santa Catarina”, ressalta o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.
Carne de frango
A carne de frango, principal produto da pauta de exportações catarinenses, ganha espaço na Arábia Saudita, Emirados Árabes, México e Hong Kong. Em maio, Santa Catarina exportou 81,7 mil toneladas, gerando receitas de US$ 134,9 milhões – um aumento de, respectivamente, 36,8% e 27,8% em relação ao mês anterior. A quantidade embarcada foi também 14,6% maior do que em maio de 2017.
Em cinco meses, Santa Catarina já exportou 361 mil toneladas de carne de frango, resultando em US$ 620,9 milhões. Tanto o faturamento quanto a quantidade são inferiores ao resultado do mesmo período de 2017. Os principais mercados para carne de frango catarinense em 2018 são Japão, China, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Carne suína
Maior exportador de carne suína do Brasil, Santa Catarina amplia a presença em mercados importantes e termina maio com crescimento nas vendas internacionais. No último mês, o estado embarcou 23,4 mil toneladas de carne suína, faturando US$ 46,9 milhões – um aumento de, respectivamente, 14,6% e 12,8% em relação a abril. A quantidade exportada é 15% maior do que a registrada em maio de 2017.
O bom desempenho do setor é reflexo do aumento nas compras de grandes mercados como China, Hong Kong, Chile, Argentina e Cingapura. As vendas para a China, principal destino da carne suína catarinense, foram praticamente quatro vezes maiores em maio deste ano do que no mesmo período de 2017, tanto em faturamento quanto em quantidade. Hong Kong também importou quase o dobro no último mês, na comparação com maio do ano anterior.
No acumulado do ano, Santa Catarina já faturou US$ 232,5 milhões com o embarque de 114,4 mil toneladas de carne suína.
Carne Bovina
As exportações catarinenses de carne bovina já têm um destino certo: Hong Kong. O país é responsável por cerca de 75% dos embarques da carne bovina produzida em Santa Catarina. Aliás, o estado vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional e as exportações crescem nos últimos meses.
Só este ano, Santa Catarina já exportou duas vezes mais carne bovina do que no mesmo período de 2017. Foram 1,9 mil toneladas vendidas para países como Hong Kong, Espanha e Paraguai, por exemplo. O faturamento com as exportações passa de US$ 6,2 milhões.
O grande diferencial catarinense é a sanidade do rebanho bovino. O estado é o único do país reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação – status que abre as portas dos mercados mais exigentes do mundo. Em maio, Santa Catarina vendeu 231,2 toneladas de carne bovina, gerando uma receita de US$ 772 mil – quase o dobro do registrado em maio de 2017.
“Com a alta qualidade da carne produzida em Santa Catarina, e com o diferencial de excelência sanitária do rebanho, nós temos um bom potencial para exportar para os mercados mais exigentes do mundo. Esta é uma oportunidade para gerar ainda mais riquezas na agropecuária catarinense e as exportações estão só começando”, destaca o secretário Airton Spies.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).