O projeto de desassoreamento do Rio Sangão está protocolado no IMA e governo municipal aguarda para o início das obras.
Os moradores do Bairro Cidade Alta, em Forquilhinha, participaram conheceram o projeto conceitual de desassoreamento do Rio Sangão, em uma reunião realizada nesta semana, no Centro Comunitário. O encontro contou com a participação da comunidade e lideranças e também de moradores do Bairro Sangão, de Criciúma. A obra de dragagem terá um investimento de R$ 7 milhões de reais, num prazo de seis meses para a execução.
O engenheiro ambiental Ademar Savi Filho fez a apresentação de projeto desenvolvido entre os meses de julho a setembro, encaminhado e protocolado no Instituto do Meio Ambiente (IMA), em 30 de setembro. “O projeto prevê a dragagem com escavadeira hidráulica com a retirada de aproximadamente 1,5 metros de sedimentos, em 8,4 quilômetros de extensão. O volume total deverá chegar a 203 mil metros cúbicos a serem extraídos do Rio Sangão”, explicou.
Para a caracterização da área e as definições de projeto, conforme o engenheiro ambiental, foi realizado um diagnóstico geral incluindo a caracterização dos solos, do clima, fauna e flora, bem como os aspectos sociais e ambientais envolvendo também a análise dos dados hidrológicos e hidráulicos do rio.
“Percorremos algumas vezes o rio de barco, também às margens para apontarmos quais os pontos eram possíveis limpar por cima do rio, onde não tem vegetação mais expressiva. Além de averiguarmos aqueles pontos para correr com os equipamentos por dentro do rio para a realização da dragagem. Foram propostos sete pontos onde o material será colocado para secar e depois fazer a destinação correta conforme exige os órgãos ambientais”, completou.
O prefeito José Cláudio Gonçalves, o Neguinho, pontou a preocupação em iniciar o projeto de desassoreamento do Rio Sangão. “No início do ano, identificamos a quantidade de ilhas, de erosão e a quantidade de lixo depositado no rio. Será necessário realizar um trabalho de conscientização das comunidades sobre a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade”, argumentou.
Para o prefeito, é preciso a responsabilidade de lançar uma obra histórica para o Rio Sangão, necessária e que mexe com a vida das pessoas e o bem-estar das famílias, com dinheiro garantido. “Assim que o projeto for aprovado pelo IMA, iniciamos os trabalhos de desassoreamento. Também temos o aval do Promotor Público Federal e a obra irá sair do papel com ou sem recurso do Governo do Estado. Em nosso projeto, iremos limpar o trecho de Criciúma e já estive conversando com o prefeito Clésio Salvaro sobre uma medida compensatória ao município. O importante é que iremos resolver uma situação história, de calamidade pública da Cidade Alta e dos bairros Ouro Negro e Nova York”, afirmou.