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SC registra média de 350 estupros por mês

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Nos quatro primeiros meses do ano, foram quase 1,4 mil denúncias, mais de dez casos por dia.

Somente nos quatro primeiros meses de 2018, quase 1,4 mil estupros foram registrados em Santa Catarina, o equivalente a aproximadamente 350 casos por mês e mais de dez ocorrências por dia. Os dados são da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho e Emprego, que complementa alertando que, nesse mesmo período, foram denunciados, ainda, em torno de sete mil situações de lesão corporal.

Diante deste cenário, a secretária estadual de Assistência Social, Trabalho e Emprego, Romanna Remor, considera preocupantes os índices relacionados a violência contra a mulher em Santa Catarina. “Esses números são muito altos. Infelizmente a violência contra a mulher acontece diante da sociedade, às vezes sem reação”, alerta.

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Além disso, conforme a Secretaria de Estado de Segurança Pública, entre janeiro e abril deste ano foram registrados 33 assassinatos de mulheres, sendo 10 casos relacionados à violência doméstica. O Estado também contabiliza 57 casos de tentativa de homicídio contra mulheres no mesmo período, e 8,4 mil casos de ameaça. Por fim, o número de ocorrências de injúria, calúnia e difamação passa de 3,7 mil.

No entanto, ainda existe silêncio nos casos relacionados à violência doméstica. “Não há dados sobre mulheres que não denunciam os seus agressores. Então, torna-se, de fato, um número difícil de ser contabilizado. Hoje as mulheres estão mais protegidas legalmente, há mais políticas públicas, mas ainda há aquelas que não denunciam. Muitas vezes sequer sabem identificar que determinadas situações são casos de violência”, explica a coordenadora Estadual da Mulher, Suelen Dadam.

Para denunciar casos de violência contra a mulher, no Brasil foi criado o Disque 180 e, em Santa Catarina, as vítimas também podem fazer denúncias à Polícia Civil, pelo número 181.

“No que diz respeito à conscientização e enfrentamento da violência doméstica, ainda precisaremos de uma grande mudança cultural, que passará por algumas gerações. Homens e mulheres não são vistos de forma igual. E isso precisa mudar para que a violência diminua. As mulheres não podem aceitar situações de violência. Precisam tocar adiante os inquéritos policiais”, finaliza a coordenadora das delegacias de Atendimento à Criança, Adolescentes e Idosos de Santa Catarina, delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila.

Francine Ferreira – Raquel Santi


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