A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento de Santa Catarina realizou nos últimos cinco anos investimentos em estações de tratamento de água e em sistemas de esgotamento sanitário nos 200 municípios catarinenses que atende. Foram mais de R$ 730 milhões aplicados com recursos próprios, das agências financiadoras e do Governo do Estado. Para 2016, a empresa prevê investir cerca de R$ 443 milhões. O atual plano de investimento da empresa é de R$ 1,9 bilhão em mais de uma centena de obras.
“Esses investimentos vão fazer com que o Estado saia do índice de esgotamento sanitário de 19% para 47%. A maior aplicação de recursos da empresa em 45 anos”, destacou o gerente de construção da Casan, Fábio Krieger.
Uma das obras mais expressivas foi a construção do sistema flocodecantador junto à Estação de Tratamento de Água (ETA) José Pedro Horstmann, em Palhoça, na Grande Florianópolis. Foram investidos R$ 27 milhões no equipamento que vai ajudar no abastecimento, mais rápido e eficiente, para cerca de 700 mil pessoas de Florianópolis, Biguaçu, São José, Santo Amaro da Imperatriz e Palhoça.
“O equipamento possibilitou resolver um problema de deficiência que tínhamos, no tratamento da água em dias de chuvas fortes, que elevava a turbidez do Rio Cubatão, de onde efetuamos a captação”, explicou Krieger.
Ainda no abastecimento de água, a Casan ampliou e modernizou 28 ETAs, e construiu oito novas em 33 municípios, com investimentos de quase R$ 30 milhões. “Algumas estações já precisavam de melhorias e outras instalamos sistemas compactos, onde era necessário preparar o local para receber os equipamentos. Assim ganhamos tempo, pela facilidade de instalação, além do investimento ser relativamente baixo”, disse Fábio Krieger.
Em esgotamento sanitário, a empresa inaugurou cinco sistemas nos últimos anos, possui mais 26 obras em andamento e outras quatro em processo de licitação. A meta é chegar até 2018 com 47% de rede de tratamento de esgoto no Estado, um número que atualmente é de 19%. Os investimentos em esgoto vão chegar a mais de R$ 1,4 bilhão.
“Nosso foco de investimento hoje está direcionado em 90% para esgoto e saneamento básico. O objetivo é atender as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) e para isso foi necessário planejar, regularizar a situação econômico-financeira e se habilitar a linhas de crédito”, explicou o diretor financeiro da Casan, Laudelino Bastos e Silva.