O início de 2022 foi conturbado no mundo do tênis, principalmente pelos problemas de bastidores envolvendo Novak Djokovic e os organizadores do Australian Open. Entretanto, após o final da competição, que terminou em título para Rafael Nadal e Ashleigh Barty, as boas notícias começaram a aparecer. O torneio quebrou alguns recordes de audiência, e mostrou que o tênis continua sendo uma modalidade adorada pelo público. Aqui no Brasil, a ESPN viu a disputa na Oceania alavancar a audiência entre as TVs por assinatura.
Campeão em 2021, Djokovic ficou de fora da disputa e deixou espaço para Rafael Nadal conquistar o torneio australiano pela segunda vez na carreira. O espanhol derrotou o russo Daniil Medvedev e garantiu o 21º Grand Slam da carreira, o recordista absoluto em títulos deste nível. Porém, não foi apenas Nadal que saiu contente do Australian Open, mas também a britânica Ashleigh Barty, que finalmente conquistou a competição que nunca havia conseguido antes. A tenista ainda se consolidou na liderança do ranking da WTA.
Todos esses acontecimentos fizeram com que a audiência da competição disparasse, segundo dados oficiais divulgados pela competição. Na final feminina, por exemplo, a média de audiência foi de 3,6 milhões de espectadores, com alguns picos de 4,3 milhões de fãs acompanhando. Essa foi a primeira vez que uma disputa entre mulheres conseguiu números tão positivos, inclusive desbancando vários confrontos masculinos que fizeram história. Um recorde importante que serviu como aprovação aos organizadores do Australian Open de 2022.
Até mesmo aqui no Brasil esse impacto foi sentido. Segundo a ESPN, a conquista de Rafael Nadal foi responsável por colocar o canal na liderança da audiência entre as TVs pagas, superando até mesmo a GloboNews. O aumento do público foi de 33% em comparação com a disputa do ano passado, dizendo muito do evento neste ano. Tudo isso fez com que o canal esportivo acelerasse o processo de renovação dos direitos de transmissão. Algo importante que ajuda até mesmo a modalidade no país e no mundo.
Nadal surge como o melhor
O título no Australian Open fez com que Rafael Nadal deixasse para trás Novak Djokovic e Roger Federer no número de Grand Slams conquistados. Entretanto, isso não quer dizer que o atleta espanhol é o melhor de todos os tempos. Na opinião de Flávio Saretta, por exemplo, o equilíbrio entre os três é gigante. O tenista brasileiro campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2007 comentou sobre os três com a equipe do blog Betway Insider, e escolheu o favorito.
“Como gosto de uma boa polêmica, eu vou falar que acho o Djokovic mais jogador. Acho que ele tem a genialidade do Federer, com a força mental e física do Nadal. Gosto muito de como ele sai dos momentos difíceis”, opinou o atleta aposentado em 2009. Saretta ainda completou afirmando que o sérvio costuma jogar sempre com a torcida contra, pois a comunidade do tênis tem mais carinho por Federer e por Nadal. Algo que deve ficar ainda mais forte nos próximos meses.
Na conversa divulgada pela Betway, site de apostas em tênis, Saretta não deixou de exaltar os três juntos, mesmo escolhendo Djokovic como favorito. “Na época que o Pete Sampras era o recordista e tinha 14 Grand Slams, era um negócio surreal imaginar que alguém ganharia isso. Temos nessa geração três caras com 20 Grand Slams. É ridículo o que eles fizeram”, afirmou o brasileiro. Uma opinião que faz todo o sentido, ainda mais depois do Australian Open de 2022.
Rio Open sonha com crescimento
Nessa tendência de alta do tênis no Brasil, os organizadores do Rio Open estão esperançosos para que a competição tenha bons resultados em 2022. A disputa de nível ATP 500 evolui com o tempo, e o número de atletas top 10 do ranking mundial só aumentou. Neste ano, por exemplo, Matteo Berrettini, Diego Schwartzman, Pablo Carreño Busta e Carlos Alcaraz marcaram presença na disputa.
A competição pode não ter o mesmo nível que o Australian Open, e nem de perto a mesma tradição, porém é importante saber aproveitar o momento do tênis no Brasil. A modalidade nunca teve tanta força entre os fãs de esporte, principalmente após a aposentadoria de Guga, e conseguir conquistar isso é um desafio que pode ser alcançado no futuro. O Rio Open sonha em um dia ter o mesmo impacto que a competição na Austrália teve em 2022.