Os trabalhadores das indústrias plástica descartáveis, flexíveis e reciclados de Criciúma e região, que ocupam mais de nove mil postos de trabalho, aprovaram a proposta patronal, construída em negociação com o Sindicato da categoria, de reajuste de 9,91% nos salários de até R$ 6 mil e abono anual de R$ 800,00.
O piso do setor passa para R$ 1.329,91. Os salários acima de R$ 6 mil terão reajuste fixo de R$ 594,60. Os valores são retroativos a abril.
A proposta foi levada aos trabalhadores em oito assembleias, duas a cada dia, em Içara, São Ludgero, Criciúma e Urussanga, pela ordem, entre segunda e quinta-feira desta semana. “Não houve unanimidade, ao contrário, registramos resistência em todas as assembleias e a proposta foi aprovada pela maioria simples dos trabalhadores”, disse Carlos de Cordes, o Dé, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região.
A diretoria do Sindicato, conforme de Cordes, entende que a classe patronal poderia ter avançado mais, inclusive proporcionando aumento real. “Não há como deixar de constatar que os patrões se aproveitaram com o discurso de crise para manter e até ampliar seus lucros”, acrescentou Dé.
Segundo ele, “conseguimos, no entanto, na mesa de negociações impedir a implantação de banco de horas e a extinção do abono anual, entre outras conquistas sociais, como pretendia o empresariado”, finaliza o dirigente sindical.