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Qual é a melhor escolha para mim?

Jéssica Horácio de Souza

Psicóloga Jéssica Horácio de Souza – CRP 12/14394

É provável que em algum momento da sua vida você tenha se deparado com estas dúvidas: Ir ou ficar, arriscar ou permanecer, tentar ou se lamentar, enfrentar ou justificar? Provavelmente estas perguntas lhe tiraram noites de sono, lhe causaram muita angústia e também, geraram um grande medo de se arrepender.

Algumas pessoas diante das dúvidas, desenvolvem “monstrinhos particulares”. Se apegam às próprias dores, preferem continuar em uma situação desconfortável do que construir novos caminhos, passam a utilizar de argumentos irreais para justificar as suas “limitações”.

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Você sabe por que podemos desenvolver este comportamento?

Devido ao excesso de proteção e de limitação vivenciadas na infância, a criança pode ter sentido medo de arriscar. Ou, por ter sido em algum momento humilhada, pode ter crescido acreditando que todas as suas escolhas não seriam “boas”. Ou, por sempre alguém ter escolhido por ela, passou a acreditar que não possuía capacidade para fazer as escolhas para a própria vida.

É importante sabermos que toda educação que é pautada no uso excessivo da autoridade, que é vivenciada sem estimular a autonomia e sem respeitar as escolhas particulares, contribui para o desenvolvimento de crenças negativas à quem ela é dirigida, desencadeando como consequência comportamentos limitados, acompanhados de sentimentos de dependência, frustração, incapacidade e baixa auto estima. Algumas pessoas inclusive se apegam à dor porque acreditam que são merecedoras dela. Outras, mesmo que se tornem adultas permanecem dependentes do outro para fazer as escolhas para si, reproduzindo o mesmo comportamento vivenciado na infância.

Mas, o que podemos fazer para diminuir a nossa angústia diante das opções de escolhas?

O primeiro passo é reconhecermos o medo de fazer escolhas, a partir disso precisamos identificar quais os sentimentos surgem diante das opções (medo de se arrepender, ansiedade frente ao desconhecido, tristeza…). Outro fator fundamental é identificarmos as crenças que fortalecem o nosso comportamento de “ficar constantemente em dúvida” (conceitos fixos de certo e errado, conflito entre “devo e quero”…). Através disso podemos questionar o que é real e o que foi construído através de vivências distorcidas da realidade. Deste modo podemos modificar as nossas crenças sobre nós mesmos, alterar os sentimentos que nos limitam e desenvolver habilidades importantes para enfim decidirmos.

O psicólogo é o profissional adequado para lhe ajudar a compreender os motivos que originaram as suas crenças, os seus sentimentos e os seus comportamentos. Ao perceber que você vivencia ciclos de indecisão e permanece insatisfeito com suas as escolhas, procure auxílio psicológico. O autoconhecimento é a solução para a desconstrução das suas limitações.

E lembre-se: “Suas decisões tem consequências, suas indecisões ainda mais”.


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