“Pés na Fita, Cabeça na Escola” atuava há aproximadamente dois anos no município.
Criado em 2014, o projeto social de Slackline de Forquilhinha “Pés na Fita, Cabeça na Escola” já chegou a atender mais de 80 crianças por vez, no município. No entanto, para 2016, o contrato com a Administração Municipal, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, não foi renovado, e com isso, toda a escolinha pode ser inviabilizada.
De acordo com a coordenadora do projeto e professora de Educação Física, Jeanine Miranda, a prefeitura apoiava a escolinha fornecendo um salário mensal e colchões para os treinos. “Sem isso, não temos como continuar treinando, até porque eu também preciso ter um emprego remunerado. E além disso, não terá como mantermos as aulas que eram realizadas nos bairros mais afastados, como por exemplo, na Cidade Alta, onde há muitas crianças carentes que adoravam participar”, argumenta.
O atleta, Alexandre Fenali Macarini, começou a praticar através do “Pés na Fita, Cabeça na Escola”. “Com uma situação dessa, nos sentimos desmotivados, porque parece que não consideram o Slackline um esporte”, ressalta.
“A prefeitura investe tanto em escolinhas de vôlei e futsal, por exemplo, e não em esportes novos como o Slackline. Isso é revoltante”, completa outro atleta, Peterson Campos.
Já o secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Forquilhinha, Carlos Alberto Arns Filho, afirma que as escolinhas de futebol, vôlei e futsal tem cada uma, em média, 300 alunos matriculados por ano, e por isso, receberam certa prioridade.
“No fim do ano passado, percebemos que o número de alunos do Slackline havia diminuido consideravelmente. Depois disso, em virtude da crise, tivemos que reduzir despesas, e por isso, alguns projetos precisaram ser cortados, como o Slackline, o Xadrez, e o Recreando e Aprendendo”, elenca.
Ainda assim, os atletas que permaneceram no projeto ao longo de todo 2015 reforçam a vontade de permanecer treinando a modalidade. “Gostaríamos que a administração municipal pudesse repensar essa decisão, porque o projeto vinha beneficiando muitas crianças e jovens em toda a cidade”, lembra o aluno, Leandro Cardoso Pereira.
“Era uma forma de tirar os jovens do caminho das drogas, por exemplo, e fazê-los focar no esporte e nos estudos”, finaliza outro atleta, Jean Floriano.
Interessados em investir no projeto podem entrar em contato com a própria coordenadora, Jeanine, pela página do “Pés na Fita, Cabeça na Escola” no Facebook, ou através do contato: (48) 9615-3606.
Francine Ferreira