Atualmente, nem todas as crianças conseguem instrumentos para acompanhar as aulas.

Quando o relógio marca 18h, as crianças já vão tomando posição, abrindo a pasta na página indicada e se preparando para dedilhar ou soltar a voz. Há cinco anos, a atividade já virou rotina e motivo de alegria. É o projeto Encantos do Futuro, que leva, além de música, atenção e carinho às famílias de Forquilhinha. A ideia começou no Bairro Cidade Alta e, em seguida, chegou ao Ouro Negro. Desde o início deste ano, a iniciativa chegou também às comunidades Santa Líbera e Nova York, beneficiando cerca de 130 pessoas no total.

Com a expansão, porém surgiu um percalço: algumas crianças não têm instrumentos musicais e muitas famílias têm condições de comprar. Por isso, quaisquer doações são bem-vindas. “Fazemos tudo com ajuda de voluntários. A Secretaria de Cultura nos cede o professor de música, e todo o resto a gente corre atrás. Ontem, fui à loja e comprei R$ 150 em peças de violão, para consertar os que temos aqui”, relata a professora aposentada Amélia Alves de Oliveira Patrício, idealizadora e voluntária do projeto.

Necessidade de doações

Segundo ela, os instrumentos não precisam estar em perfeito estado para a doação, já que os próprios voluntários consertam. “Se alguém tiver um para doar, é só nos avisar que vamos buscar”, diz a voluntária. Além de violões e teclados, o projeto também precisa de pastas para os alunos arquivarem as músicas e, futuramente, uma camiseta será feita como uniforme. “As empresas podem nos ajudar, estampando a marca na pasta ou na camiseta”, sugere.

A proporção que o projeto tomou é surpreendente. As aulas são após o turno escolar e diárias exceto às quartas-feiras. A iniciativa também tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo, que cede um professor de música. Para manter o ânimo das crianças em alta, o coral se apresenta frequentemente em escolas de toda a região. De acordo com o professor, Paulo Roberto Pereira, o Beto, já há planos para gravar um CD com o coral no fim do ano.

Para ajudar, é possível entrar em contato com Amélia pelo whatsapp, no número 9-9988-6689.

Renan Medeiros – Especial A Tribuna