Epagri explica que as culturas vem sofrendo nas últimas semanas, já que também precisam de luminosidade e tempo aberto para se desenvolver.
Em Forquilhinha, as culturas mais afetadas pela grande quantidade de chuvas das últimas semanas são as pastagens, e consequentemente a produção de leite; e as plantações de milho. A avaliação é do extensionista rural da Epagri na cidade, engenheiro agrônomo Volnei Meller.
Para os mais de 850 hectares de milho plantados em Forquilhinha no início de setembro, já se pode afirmar que haverá um comprometimento na colheita. “O excesso de umidade traz estresse ao milho. Por isso quem esperou resultados máximos das lavouras neste ano, dificilmente vai conseguir”, completa Meller.
Em relação à produção leiteira, o extensionista rural explica que os resultados estão diretamente ligados a situação das pastagens. “Isso porque são os pastos que dão alimento ao gado, que por sua vez produz o leite. Quando há dificuldade de acesso a este alimento, o produtor rural precisa buscar algo diferente para suprir a fome dos animais, o que traz resultados menos positivos”, afirma.
A situação atual do clima torna a produção mais difícil para o agricultor. “Não temos muito o que fazer. Aconselha-se, no máximo, a se manter uma boa drenagem para que a água não acumule nas propriedades rurais. E além disso, a rezar para que janeiro não seja um mês tão chuvoso”, finaliza Meller.
Arroz
O impacto nos arrozeiros são menores. O fato explica-se porque o arroz é uma planta mais dinâmica, que em outubro está numa fase vegetativa, e pode perfilhar. São, em média, 9.850 mil hectares desta cultura em Forquilhinha, que aguardam alguns dias de tempo aberto, para poderem se recuperar.
Fumo
Já para a fumicultura, os impactos são maiores, porque a chuva traz problemas consideráveis para a produção. A pouca luminosidade dos dias instáveis compromete o desenvolvimento das plantas, faz cair a produtividade, bem como a qualidade e a quantidade do fumo plantado.
Francine Ferreira – Foto: Willians Biehl