As regiões de Araranguá, Criciúma e Tubarão, no Sul de Santa Catarina, produziram 676 mil toneladas de arroz na safra 2015/2016, gerando um valor bruto de produção de R$ 568 milhões. “O resultado da última safra no Sul catarinense foi considerado bom, sendo 4,9% superior quando comparado ao rendimento médio das últimas nove safras. Isso, aliado ao bom preço do arroz no mercado, tem deixado os produtores animados”, avalia Douglas George de Oliveira, extensionista da Epagri na Gerência Regional de Araranguá.
Os números foram apresentados na 24ª edição da reunião anual de avaliação de safra do arroz irrigado no Sul catarinense, realizada pela Epagri. O evento, que discutiu os principais acontecimentos da última safra, já é data esperada por todos os envolvidos na cadeia produtiva do cereal, que representa um dos maiores PIBs da agricultura na região. A reunião atraiu cerca de cem pessoas, entre agricultores, lideranças rurais, presidentes de cooperativas e sindicatos, além de técnicos envolvidos na produção de arroz em todo o Sul catarinense.
De acordo com o levantamento realizado pela Epagri com a participação de mais de 560 agricultores, a região de Tubarão foi a que apresentou maior aumento de produção em relação à safra passada: 6,15%, com produção total estimada em 164 mil toneladas em 22.195ha, o que equivale a uma produtividade de 7.389kg/ha. A região de Criciúma teve produtividade média 5,5% acima da registrada na safra 2014/2015, chegando 7.171kg/ha em cerca de 20.500ha. A região de Araranguá, a maior produtora do Estado, com mais de 30% da área plantada, registrou aumento de 1,72%. A produção foi de 364 mil toneladas, com rendimento de 7.086kg/ha em 51.404 hectares.
A safra 2015/2016 foi marcada pela ocorrência do El niño, que trouxe chuva muito acima da média desde o final de setembro até o início de dezembro, muitos dias nublados e poucas horas de sol, além de baixas temperaturas. As lavouras semeadas muito cedo foram as mais impactadas por essas condições e registraram produção muito abaixo da média. “Isso provocou certa preocupação com relação ao que aconteceria com o resto da safra.
Porém, os meses de janeiro e fevereiro foram extremamente favoráveis ao desenvolvimento do arroz em seu período reprodutivo, o que ajudou as lavouras a se recuperarem e apresentarem boas produções, permitindo esse aumento na produção global do Sul do estado”, destaca Douglas. Outra boa notícia é a colheita de soca, que foi proporcionada pelas altas temperaturas no mês de abril e deve superar as cinco mil toneladas.