Situação é ocasionada por falta de abertura de concursos públicos e aposentadorias.
A temporada de verão, associada ao feriado de Reveillón, é um período em que as rodovias federais de Santa Catarina mais registram movimento intenso. Para tentar diminuir acidentes e mortes, e coibir atitudes irresponsáveis de motoristas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está atuando na Operação Rodovida desde o fim de semana passado.
No entanto, conforme o coordenador do Núcleo de Comunicação da PRF, inspetor Adriano Fiamoncini, a ação está sendo realizada com efetivo reduzido, uma vez que o número de policiais rodoviários federais não passa de 540 profissionais para todas as BRs de Santa Catarina, e também porque não houve reforço vindo de outros estados para a operação, já que todos estão passando pela mesma situação.
“A última turma de reforço para a PRF que começou a atuar em Santa Catarina foi em maio de 2016, só que desde então muitos se aposentaram e a frota de veículo não para de aumentar. Nosso efetivo não consegue acompanhar esse aumento, e isso é bastante preocupante. Precisamos que o Governo Federal autorize a realização de um novo concurso para policiais rodoviários federais, porque até serem realizados todos os trâmites e eles efetivamente se formarem, leva tempo, algo em torno de seis meses”, argumenta Fiamoncini.
Frota só aumenta
Em 15 anos, de 2001 a 2016, a frota de veículos de Santa Catarina praticamente triplicou. De acordo com dados divulgados no início desse ano pela Confederação Nacional de Transportes (CNT), o número de 1.588.549 veículos que rodavam pelas ruas do Estado em 2001, saltou para 4.772.160 no fim do ano passado, em um crescimento de 200%.
Fiscalização inteligente
Diante da situação, a PRF montou escalas de trabalho e fiscalização de forma inteligente. “Os policiais que estão trabalhando fazem o máximo que podem. Temos estatísticas que elencam os principais locais e horários em que são registrados os acidentes mais graves, por exemplo. Com isso, nosso efetivo se concentra nesses pontos e intensifica a fiscalização, visando diminuir esses números. É um trabalho que busca obter o máximo de eficiência com o mínimo de material humano, que é o que temos no momento”, explica o inspetor.
Mobilização por concurso
O chefe do Núcleo de Comunicação da PRF ainda ressalta que é preciso começar a pensar a longo prazo no que diz respeito à melhora do efetivo. “Por isso, a população precisa cobrar das lideranças políticas, sejam deputados federais ou estaduais, que eles intensifiquem os pedidos para que o Governo Federal abra um novo concurso para a Polícia Rodoviária Federal em 2018, que resulte em profissionais capacitados no fim do próximo ano, para que esse problema não se intensifique ainda mais”, finaliza.