Oito prefeitos da Região Carbonífera embarcam nesta segunda-feira, 8, rumo à Brasília, para participarem da XXII Marcha em Defesa dos Municípios. O evento, organizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) vai até quinta-feira, 11, apresentando o maior índice de participação dos últimos quatro anos. A expectativa geral dos prefeitos é pelo discurso do presidente Jair Bolsonaro, na terça-feira pela manhã, durante a cerimônia de abertura oficial e o que será anunciado de novidade por parte do governo federal.
De Santa Catarina serão 174 prefeitos e prefeitas, segundo a Federação Catarinense de Municípios (FECAM). Da região, estão confirmados os prefeitos de Siderópolis, Morro da Fumaça, Orleans, Nova Veneza, Cocal do Sul, Forquilhinha, Içara e Lauro Müller.
A Marcha é considerada um dos maiores eventos políticos da América Latina, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. Em 2019, o tema que norteia os debates é Unidos pelo Brasil e foca na mobilização de gestores em torno de pautas que fortaleçam os municípios brasileiros.
A data coincidirá com os 100 dias do governo federal. O evento reúne, além de representantes municipais, ministros, deputados e senadores. A presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, e dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, também estão confirmadas.
Entre os temas defendidos pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), a construção de um novo pacto federativo estará em debate na XXII Marcha. O objetivo é unir esforços para, por meio do diálogo, elaborar proposta que permita divisão mais justa dos recursos entre os Entes federados.
Fórum Catarinense
Na agenda dos prefeitos de Santa Catarina, ainda está a participação no Fórum Parlamentar Catarinense, que acontece na quarta-feira, dia 10, às 19h, Plenário II do Anexo II, Câmara dos Deputados.
O que dizem os prefeitos sobre a Marcha?
“A esperança é que dias melhores virão. É um novo governo e esperamos que dias melhores para os municípios, pois, os prefeitos, em especial, estão sempre com pires nas mãos, em Brasília pedindo um recurso, que já podia ser nosso. O bolo dos recursos que vão a Brasília podia ser mais bem dividido. Para que a gente não precisasse sempre se humilha, precisasse ir atrás, para conseguir fazer obras. Espera que este governo seja mais sensível com o municipalismo, para que a gente tenha mais recursos para atender a nossa população.” – Dimas Kammer, prefeito de Forquilhinha.
“Desejamos ouvir que os municípios terão maior protagonismo financeiro, pois é reconhecido o desequilíbrio das atribuições dos municípios com suas respectivas receitas compartilhadas. Se não será mais um ano de pires nas mãos. Esperamos altitude já! Pois o pacto federativo já ficou esquecido. As pessoas vivem nos municípios, é lá que a população cobra suas demandas através de seus gestores. Espero que seja positivo.” – Helio Roberto Cesa, o Alemão, prefeito de Siderópolis.
“A expectativa é que o novo Governo tenha uma atenção especial para com os municípios porque é lá que tudo acontece. É na marcha dos prefeitos, fazendo pressão, que mostramos a força que nós temos. E também que o assunto Pacto Federativo volte a ser a grande pauta do encontro.” – Noi Coral, prefeito de Morro da Fumaça.
“A participação na Marcha sempre foi muito positiva. Os pleitos defendidos pela CNM sempre deram resultados, e é o que esperamos desta edição. Além de ficar a par do que vai acontecer.” – Rogério Frigo, prefeito de Nova Veneza.
“É um momento importante dos prefeitos irem a Brasília, para que possamos mostrar a força do municipalismo. Principalmente neste momento. Primeiro ano com o presidente Jair Bolsonaro no comando. Ele assumiu um compromisso conosco na marca dos prefeitos do ano passado, onde se eleito fosse ele estaria junto dos municípios. Ele seria um presidente municipalista. Então neste momento é importante a presença de todos, para que ele sinta a grave crise que os municípios passam. A queda de arrecadação, a falta de um FPM (fundo de participação dos Municípios) maior, e até de outros recursos federais. É preciso rapidamente que o presidente se convença que é precisa fazer a reforma tributaria e uma melhor distribuição. Onde a união fique com menos recursos e mais para os municípios. O povo vive nos municípios, a necessidade é no município e não em Brasília,” – Jorge Koch, prefeito de Orleans.
“Já estivemos em Brasília no mês de março fazendo encaminhamentos do município de Lauro Müller. Agora vamos voltar ao lado de nossos colegas prefeitos na tentativa de fortalecer cada vez mais a participação dos municípios na divisão dos recursos. Certamente esta será uma grande oportunidade de conhecer melhor os planos do novo governo do nosso país para os próximos anos.” – Valdir Fontanella, prefeito de Lauro Müller.