Uma reunião virtual realizada na última quarta-feira, 12, definiu pela suspensão das transferências dos associados/consumidores da Coopera para a Celesc. O presidente da Coopera Walmir Rampinelli participou do encontro virtual, que envolveu várias lideranças, entre eles representantes da ANEEL, da Celesc, vereadores, deputados, empresários e comunidade. “Como cooperativa temos o dever de cumprir o que o contrato determina. Mas queremos os consumidores satisfeitos. Vamos dialogar e chegar num consenso” explicou Rampinelli.
Na reunião a Coopera se comprometeu em encaminhar ainda nesta semana um ofício ao Diretor Geral da ANEEL solicitando para que abra um processo de mediação entre a Cooperativa e a Celesc para rever esse acordo ou postergar a transferência.
A situação atinge cerca de duas mil unidades consumidoras que, segundo a Coopera, chega a dez mil pessoas e compreende moradores dos bairros Morro Estevão, Primeira Linha, São João, São Sebastião, São Domingos, Quarta Linha, Espigão da Toca, HG, Espigão da Pedra e Paineiras, em Criciúma. A diferença no custo de energia entre a cooperativa e a Celesc, pode resultar num aumento de 50% para pessoas físicas e 70% para pessoas jurídicas.
Segundo o diretor-geral da Agência de Energia Elétrica (ANEEL), André Pepitone, a agência está sensível à situação dos consumidores, principalmente no momento em que o país atravessa por conta da pandemia. “Entendemos que a situação do contrato da Celesc envolve um cenário legal perante o Tribunal de Contas, pois pode representar aos olhos do TCU que o órgão está abrindo mão de receita. Porém, acreditamos no bom senso de todas as partes e que, através do diálogo, chegaremos na melhor solução para todos, principalmente para os consumidores”, explicou o diretor, informando também que, ao ser instaurada a mediação, os prazos firmados serão suspensos até que se defina a situação.
O diretor da Celesc, Fábio Valentim, relatou que o órgão tem tomados medidas como forma de contribuir com a população durante a pandemia, e que está disposta a avaliar a situação e refazer o cronograma para minimizar os impactos sofridos pelos consumidores. “Estamos à disposição para participar do processo de mediação junto com a ANEEL e Coopera, e encaminhar da melhor forma a solução para todos os envolvidos”, afirmou Valentim.