Por conta do anúncio de aumento de 13% no preço do óleo diesel e alegando falta de fiscalização da Agência Nacional de Trânsito e Transporte (ANTT), a União dos Caminhoneiros do Brasil emitiu um comunicado, ressaltando que uma nova mobilização da categoria será realizada a partir do dia 9 de setembro. A promessa é que todo o transporte rodoviário de cargas paralise suas atividades por tempo indeterminado e, com isso, a população já começa a ficar apreensiva.

No entanto, outras entidades representantes da classe, como a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM) se posicionaram contrárias a uma nova paralisação e alegam que desconhecem a UDC-Brasil, bem como sua validade e poder legal para responder pela categoria.

Além disso, a ABCAM publicou uma nota oficial a respeito do aumento do diesel, alegando que já solicitou à Casa Civil uma audiência para tratar do assunto. “A entidade entende que, independente do aumento do preço internacional, o Governo deve cumprir a Medida Provisória nº 838/2018 e manter a subvenção de R$ 0,46 do valor do diesel até o final do ano. A ABCAM se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o Governo Federal. A Associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação”, diz o comunicado.

A legislação em vigência, que estabeleceu a política do frete, prevê revisão dos pisos mínimos caso o combustível tenha oscilação superior a 10%, para acomodar o aumento de custos dos caminhoneiros. Com isso, a ANTT alegou que, devido à variação do preço do óleo diesel, promoverá os ajustes necessários, em cumprimento ao que está disposto na lei.

Uma suposta nota da Polícia Rodoviária Federal a respeito da possibilidade de paralisação também chegou a circular pelas redes sociais. No entanto, a assessoria de imprensa da PRF negou a autoria do pronunciamento.

Atenção no Sul catarinense

Por conta de todos os comentários a respeito de uma nova paralisação, já há estado de atenção no Sul catarinense. De acordo com o proprietário de postos de combustíveis na região, Edilson Barp, ainda não houve nenhum comunicado oficial, mas se sabe do registro de filas nos postos de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Até os últimos dias as entregas estavam normalizadas e uma nova carga de combustível deve ser buscada neste início de semana.

Francine Ferreira