Quantidade de crack, cocaína, pés de maconha, ecstasy e LSD já são maiores que o apreendido em 2017.
Com apoio da comunidade no fornecimento de denúncias e esforço dos policiais militares na realização de operações coordenadas, o 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Criciúma já registra um aumento expressivo na apreensão de drogas em 2018, em relação ao mesmo período do ano passado. Dentre os entorpecentes, cresceu a quantidade de crack, cocaína, pés de maconha, ecstasy e LSD que foram retirados de circulação.
De acordo com dados fornecidos pela corporação, de janeiro a outubro deste ano, já foram apreendidas 10.396 pedras de crack, contra 9.588 em 2017. Em relação à cocaína, o número saltou de 3,3 quilos no ano passado, para 10,9 quilos em 2018. Foram encontrados, ainda, 63 pés de maconha neste ano, quase o dobro dos 33 pés apreendidos no mesmo período de 2017.
No que diz respeito ao ecstasy, no ano passado foram retirados de circulação 351 comprimidos, número que aumentou para 1.448 nos dez primeiros meses de 2018. E os pontos de LSD passaram de 39 em 2017 para 175 apreendidos neste ano.
Por fim, o único entorpecente que manteve uma média de apreensões foi a maconha, com 207 quilos apreendidos em 2018, contra 212 quilos apreendidos em 2017.
Para o comandante do 9º BPM, tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, os números são resultado da realização de operações coordenadas. “Assim como do envolvimento das equipes que trabalham nos bairros levantando informações, do Disque Denúncia e das redes de segurança que unem vários órgãos que se apoiam e trocam informações, como as Polícias Militar e Civil, e o sistema prisional”, completa.
O tenente-coronel ainda explica que o combate ao tráfico de drogas, focado em algumas comunidades com mais vulnerabilidade, faz com que haja mais abordagens de veículos. “Tendo fundada a suspeita através da legalidade do Código de Processo Penal, por meio de uma busca pessoal, o policial acaba encontrando uma pequena quantidade. Em seguida, faz uma busca no veículo e encontra mais coisa, chama o Canil, com nosso cão de faro especializado para esse tipo de ocorrência, e já acha ainda mais entorpecentes, seja no terreno próximo, em um buraco escondido, ou em algum local que tenha vegetação”, exemplifica.
Nesse cenário, a participação da comunidade por meio do Disque Denúncia também é um fator que tem contribuído positivamente no aumento das apreensões. “Temos recebido mais informações, que passam a ter um acompanhamento especial da Polícia Militar. Geralmente as operações coordenadas vem das denúncias, os policiais militares fazem a abordagem do alvo, que já foi falado anteriormente, e acontece de dar certo o flagrante”, argumenta o comandante.
Reforço na repressão, aliado à prevenção
Nesse meio de combate ao uso de drogas, além da apreensão de entorpecentes, outro ponto que se soma ao trabalho da Polícia Militar, busca fortalecer o viés da prevenção, por meio do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd).
Na última semana, formaturas do programa foram realizadas em diversas cidades da região, reforçando a conclusão do aprendizado para centenas de crianças e adolescentes. As solenidades formaram 193 estudantes em Nova Veneza, 363 alunos em Forquilhinha e 166 em Siderópolis.
Para encerrar as cerimônias, mais 1,6 mil crianças devem concluir o Proerd na noite de hoje, em um evento a ser realizado no Ginásio Municipal de Criciúma, a partir das 19h. Até aqui, em 19 anos do programa no município, foram formados mais de 47 mil alunos. Já em toda Santa Catarina, nos 20 anos do Proerd, mais de 1 milhão de estudantes aprenderam a dizer não às drogas.