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Polícia Federal esclarece envolvimento de Forquilhinha na Operação Água de Prata

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Construtora do município é investigada em megaoperação. 

Após a Polícia Federal e Receita Federal terem cumprido mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão em Forquilhinha na manhã desta terça-feira, 17, membros da equipe de investigação concederam uma entrevista coletiva à imprensa, trazendo mais detalhes a respeito do caso.

A investigação gira em torno de possíveis fraudes em licitações e desvios de recursos destinados ao saneamento básico, através de verbas oriundas da União e repassadas à diversas cidades do sul catarinense.

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No início da manhã, o procurador de Forquilhinha, Ander Warmling, havia afirmado que o secretário de Administração e Finanças do município, Ademir Brandieli Pedro, foi levado para depor por conta de uma investigação que envolve sua empresa privada, que por sua vez, presta assessoria para uma empresa investigada. (Leia a matéria aqui.)

Já o Chefe da Polícia Federal de Criciúma, delegado Nelson Luiz Napp, esclareceu que a empresa investigada em Forquilhinha é a BRAMAC Construções, e que Ademir Brandieli Pedro foi levado à depor porque a empresa de assessoria contábil em que trabalha, presta assessoria para essa construtora investigada.

Da mesma forma, é importante salientar que, até o momento, não existe uma investigação voltada diretamente à empresa de assessoria contábil, e sim para a construtora.

Além disso, também de acordo com Napp, até o momento não há nenhuma ligação da investigação com a Prefeitura de Forquilhinha.

Confira a nota, na íntegra, enviada pela Polícia Federal

A Polícia Federal, em operação conjunta com a Controladoria-Geral da União e a Receita. Federal do Brasil, desencadeou nesta terça-feira, 17/5, a OPERAÇÃO ÁGUA DE PRATA, com o objetivo de reprimir organização criminosa que estaria infiltrada em diversas prefeituras municipais do extremo sul de Santa Catarina, desviando recursos públicos obtidos através de convênios com a União para obras de saneamento do PAC II.

O nome da operação é uma alusão a um dos aquedutos construídos em Portugal no reinado de D. João III (1521/1557), em que ficou constatado que o responsável pela fiscalização, PERO BORGES, teria desviado 50% dos recursos a ela destinados. Um ano após ser condenado, foi nomeado ouvidor-geral do Brasil, com a missão de distribuir justiça na então colônia.

As apurações iniciaram em fevereiro de 2015 e resultaram na instauração de diversos inquéritos policiais, os quais descortinaram uma organização criminosa especializada no direcionamento e fraude em procedimentos licitatórios, além de desvios de recursos públicos através da execução inadequada de projetos de saneamento básico em ao menos 9 (nove) municípios do Estado de Santa Catarina, bem como lavagem de dinheiro.

No decorrer das investigações foi possível constatar diversas falhas nos procedimentos licitatórios, que teriam restringido a publicidade e o caráter competitivo da licitação, além de conluio entre as empresas concorrentes, resultando em propostas muito próximas aos limites exigidos nesses procedimentos.

Com o apoio da Controladoria-Geral da União foi possível comprovar que as empresas investigadas não executavam as obras de acordo com os projetos e as propostas que apresentavam nos procedimentos licitatórios em que se sagravam vencedoras, executando-os de forma irregular para obter um lucro muito maior, em prejuízo ao Erário.

Em apenas 03 (três) obras fiscalizadas teriam sido desviados cerca de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).

Foram cumpridos 34 (trinta e quatro) mandados de busca e apreensão, 04 (quatro) mandados de prisão preventiva e 17 (dezessete) mandados de condução coercitiva em endereços localizados nos municípios de Criciúma/SC, Orleans/SC, Siderópolis/SC, Cocal do Sul/SC, Jacinto Machado/SC, Araranguá/SC, Sombrio/SC, Balneário Gaivota/SC, Turvo/SC, Santa Rosa do Sul/SC, Arroio do Silva/SC, Forquilhinha/SC, Meleiro/SC, Urussanga/SC, Florianópolis/SC, São José/SC e Concórdia/SC, com a mobilização de cerca de 160 policiais federais.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, estelionato, fraude em licitações, uso de documento falso, falsificação de documento público, advocacia administrativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro, dentre outros.

Francine Ferreira / Fotos: Polícia Federal
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Apreensões da Polícia Federal no sul catarinense nesta terça-feira, 17.

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