FORQUILHINHA Previsão do Tempo
Colunistas

Pelo bem de sua história no Criciúma, Zé Carlos não deveria renovar

eduardo madeira

Entre altos e baixos, Zé Carlos encerrou a temporada 2018 sendo decisivo. Na hora em que o Criciúma precisou, ele apareceu e marcou um importante gol na vitória por 2 a 0 sobre o Sampaio Corrêa, na rodada final da Série B, ajudando a evitar o rebaixamento para a terceira divisão.

O gol que aliviou o torcedor, que vibrava mais com as redes do Paysandu balançando contra o Atlético Goianiense naquele momento, de certa forma jogou para baixo do tapete o pênalti perdido diante do CRB e as expulsões que recebeu ao longo da temporada.

O centroavante, que é um dos maiores artilheiros da história do clube e tem, com méritos, um espaço reservado na prateleira de cima de ídolos recentes do Criciúma, já teve passagem melancólica em 2014, ainda na Série A. A atual temporada também não foi das melhores.

Coopera
Maderonchi
Credisol
Contape
Dengo Produtos de Limpeza
Net Lider

“Zé do Gol” acabou 2018 com 10 gols em 29 partidas (2.099 minutos). A média de gols foi de um a cada 209 minutos, o que dá um a cada dois jogos e 29 minutos. Não chega a ser uma das piores médias, mas ficou longe de empolgar. Vale lembrar que em 2017, o centroavante teve a mesma quantidade de gols em 32 jogos por Fortaleza e CRB.

O que incomodou muitos, entretanto, foi a questão disciplinar. Zé Carlos terminou o ano com sete cartões amarelos e três expulsões. Ele desfalcou o Criciúma em partidas importantes e foi ausente em jogos que o time precisava dele.

Sem contar a parte física. Longe do auge técnico visto em 2012, o centroavante também sofreu com lesões que o tiraram dos gramados por algumas semanas.

O atacante alagoano acabou sendo incontestável aos olhos do técnico Mazola Júnior por questões de simples observação: no modelo de jogo que ele propôs na Série B, Zé era o único da posição que se encaixava. Imposição física para prender os zagueiros, bom pivô e posicionamento de destaque na grande área. Quando estava indisponível, nenhum dos substitutos apresentava característica semelhante a ponto de substitui-lo com qualidade.

Óbvio que a contratação de Zé Carlos, ainda em meio ao Campeonato Catarinense, foi um misto de análises popularescas da diretoria do Criciúma. Era o momento da chegada de um badalado Argel Fucks para o comando técnico e um período de forte turbulência para o presidente Jaime Dal Farra, cada vez mais pressionado. O mandatário tentava reverter a onda negativa trazendo ídolos de anos anteriores, afagando uma torcida ansiosa por reforços.

A contratação de Zé atendeu mais a critérios populares do que técnicos. Se a segunda opção fosse a escolhida, dificilmente teria vindo.

Menos mal para o Criciúma que em meio a toda a turbulência do ano de 2018, o “Zé do Gol” conseguiu encerrar a temporada fazendo aquilo que lhe tornou ídolo no clube: gols importantes. Que essa seja a última impressão que deixe ao torcedor carvoeiro. Pelo bem de sua imagem com o clube, não renove, Zé.


Dengo Produtos de Limpeza
Marka final pauta
Coopera Rodapé 02

Portal Forquilhinha Notícias. Acompanhe os fatos mais importantes de Forquilhinha em Santa Catarina assim que eles acontecem.

Copyright © 2016 Forquilhinha Notícias.

Topo