A inauguração da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Boa Vista, localizada entre os municípios de Lages e São Joaquim, na Serra Catarinense, será realizada no dia 9 de novembro (sábado), às 11h. Este evento marca um importante avanço para a Coopera Geração e Desenvolvimento (GD) e reforça a sustentabilidade energética da região. A gestão do projeto tem se destacado pela transparência e responsabilidade, especialmente diante dos desafios impostos pela pandemia de COVID-19.
Desde o início da construção, o comprometimento com boas práticas de gestão foi evidente, com a colaboração de consultores especializados e a adoção de processos transparentes. Apesar das dificuldades causadas pela pandemia, como a escassez de matérias-primas e o aumento de preços que afetaram diversos setores, a decisão do Conselho de Administração e da Assembleia de Associados de seguir com a obra, mesmo diante do risco de distrato e multas, demonstrou coragem e uma visão estratégica clara quanto à importância do projeto.
“O investimento total de cerca de R$ 75 milhões na PCH Boa Vista não representa apenas um comprometimento financeiro, mas também uma estratégia sólida para maximizar os retornos a partir de 2026, quando a energia gerada será vendida a um preço estimado de R$ 300 por megawatt/hora. Com um faturamento projetado de aproximadamente R$ 700 mil mensais ao longo de 20 anos, renováveis por mais 20 anos, a PCH trará não apenas estabilidade financeira para a cooperativa, mas também uma contribuição significativa para a rede elétrica local. A Coopera Geração e Desenvolvimento conta com três áreas de atuação: a PCH, Telecom e uma loja de materiais elétricos, sendo a PCH Boa Vista a mais rentável. A Coopera Distribuição de Energia Elétrica está consolidada, com um mercado robusto e tarifas atrativas para os consumidores”, afirmou o diretor Feller.
Feller também ressaltou que, assim como ocorre na Coopera Distribuição, os resultados financeiros da operação da PCH serão discutidos em assembleia. “Na assembleia de sócios, será decidido como os recursos serão aplicados, seja por meio de devolução, capitalização ou fundo de reserva”, revelou.
O gerente geral, Jefferson Spacek, explicou que a PCH já iniciou o processo de geração de energia em fase de teste. “Investir em uma Pequena Central Hidrelétrica é mais do que um benefício financeiro para os associados. Trata-se de um investimento em energia limpa, que possui um dos maiores fatores de capacidade entre as fontes de geração de energia. Toda energia gerada será acumulada e, quando entrarmos em operação comercial, será faturada de uma só vez. A energia gerada será integrada ao sistema, gerando uma receita extra para a Coopera Geração e Desenvolvimento. Além disso, a energia foi comercializada em um leilão realizado em 2022, durante uma seca severa, quando os preços dispararam. O preço do leilão está sendo corrigido pelo IPCA”, explicou Spacek.