O Hospital São José, por meio dos serviços de ortopedia e traumatologia, realiza mais uma edição do mutirão de cirurgias, que é proposto pelo Estado de Santa Catarina e deve acontecer até fim de julho. Uma nova etapa do mutirão também está prevista para o segundo semestre de 2018.
De acordo com ortopedista, cirurgião do joelho e médico do esporte, Mario César Búrigo Filho, até o fim do mês, cerca de 40 cirurgias de joelho devem ser realizadas apenas pelo especialista. “Com a realização do mutirão, conseguimos atender uma parcela da população que não possuí suporte financeiro para sequer pagar um plano de saúde mensal ou arcar com um procedimento particular. Os mutirões tem se tornado o mecanismo para diminuir o tempo de espera daqueles pacientes necessitados e que não tem outra alternativa, além do SUS e o hospital realiza procedimentos além do que foi pactuado na contratualização”, aponta o especialista.
Ainda segundo o cirurgião, os problemas mais comuns em sua área de atuação são reconstruções ligamentares de joelho e artroplastias/próteses. “A idade pode variar conforme a patologia. As próteses geralmente são procedimentos realizados em pessoas de terceira idade, já lesões de ligamento são cirurgias mais comuns em pacientes de 20 a 40 anos. Na última semana, por exemplo, operei um atleta de seleção brasileira de handebol que estava há sete meses afastado das quadras esperando por cirurgia. Conseguimos realizar o procedimento com sucesso. Ele já iniciou a fisioterapia e no máximo em cinco meses retorna as quadras para treinos normais”, descreve.
A demanda para todos os tipos de patologias ortopédicas é grande, por isso a realização de mutirões todos os anos se faz necessária e o apoio da equipe de especialistas e entidade hospitalar é fundamental.
O cirurgião especialista em quadril, Rodrigo Scheidt, já realizou oito cirurgias desde o início do mutirão, que envolvem colocação e troca de prótese de quadril. Até o fim da ação, o especialista deve realizar cerca de 20 procedimentos, contemplando sua área de atuação.
“É sempre interessante para a população quando acontecem estes mutirões, pois conseguimos dar um pouco de vazão à lista que é enorme. Com apoio do hospital, ajudamos parte da população, mas seria necessário encontrar uma solução definitiva e organizada para acabar com as filas”, destaca Scheidt.
Procedimentos como cirurgia de mão, pé, tornozelo, entre outras, também estão sendo realizadas, o que contempla boa parte da sociedade que aguardava na fila. O intuito da equipe de cirurgiões da entidade é realizar até o fim de julho, em torno de 150 procedimentos.
A ação beneficia moradores do Sul que já estão pré-inscritos na Central de Regulação da Secretaria de Estado de Saúde e são encaminhados pelos respectivos municípios. Atualmente, são realizadas no São José mais 1540 cirurgias ortopédicas por ano.