Fiel ao seu nome, a Premier League inglesa (EPL) é a liga de futebol mais importante, mais dura e mais influente do mundo. No entanto, este sucesso épico não atravessou sem um obstáculo. Sua fundação em 1992 também significa uma divisão, distribuição de direitos e ascendência sobre a Liga Inglesa de Futebol (EFL), que foi a principal liga de primeira linha na Inglaterra de 1888 a 1992.

Apesar de uma história sombria e complexa voltada para o lucro, ela lançou luz sobre o campeonato que fez da Inglaterra uma das maiores nações do futebol em todo o mundo. Agora, em suas quase três décadas de existência, aqui em baixo segue a história que desdobra a fundação e a grandeza da Premier League.

O surgimento e o impacto dos esquemas de negócios no futebol inglês

O conceito radical da reforma do futebol inglês através da Premier League foi proposto no final da temporada 1990-91 da EFL. Entretanto, o plano de conseguir mais dinheiro e recondicionamento para o esporte começou no final dos anos 80, quando os líderes dos principais clubes ingleses usaram esquemas comerciais para maximizar os lucros.

Houve grandes desafios dentro desse período sombrio, marcando um fundo rochoso para o futebol inglês. Devido ao infame hooliganismo dos torcedores – sem mencionar o desastre do Estádio Heysel em 1985 – os times ingleses foram proibidos de competir em torneios europeus. Como resultado, os estádios haviam sido negligenciados, fechados e os jogadores ingleses mais talentosos tinham ido embora para jogar no exterior.

O resultado da má administração levou os dirigentes dos clubes, liderados pelo Manchester United, Tottenham Hotspur e Arsenal, a finalmente otimizarem suas receitas. Entre muitos de seus planos, que foram apoiados pela ameaça de romper e formar uma nova liga, mais superior e separada, eles aumentaram seu acordo financeiro ao assumir mais de 50% de toda a televisão e patrocínio em 1986.

Mal sabia a EFL que o aumento dos direitos televisivos e das quotas de renda seria a formação inevitável de uma “superliga”. Em 1988, as ações subiram 75%, e a ameaça já estava bem encaminhada por 10 clubes.

Então, em 17 de julho de 1991, a proposta foi finalmente resolvida, na qual os clubes de primeira linha assinaram o Acordo de Membros Fundadores. Ele lançou as bases para os princípios básicos da criação do novo campeonato. Ela deu independência comercial à Associação de Futebol (FA), dando o poder de ter seus próprios acordos de transmissão e patrocínio.

Um ano depois, 22 clubes da Primeira Divisão criaram a Premier League em 20 de fevereiro de 1992. Três meses depois, tornou-se uma sociedade anônima, com um nome legal, The Football Association Premier League Limited.

Os 22 membros inaugurais da nova Premier League foram os seguintes:

• Manchester United
• Southampton
• Sheffield United
• Crystal Palace
• Coventry City
• Arsenal
• Chelsea
• Manchester City
• Liverpool
• Everton
• AFC Wimbledon
• Norwich City
• Blackburn Rovers
• Oldham Athletic
• Aston Villa
• Ipswich Town
• Middlesbrough
• Queens Park Rangers
• Nottingham Forest
• Tottenham Hotspur
• Sheffield Wednesday
• Leeds United

O legado

A mudança radical no sistema do campeonato inglês de futebol estava principalmente relacionada com as receitas. A única mudança drástica no formato do torneio foi a redução do número de clubes. Desde o início da temporada 1995-96, quatro clubes foram rebaixados, e apenas dois foram promovidos.

É verdade que as estratégias de marketing e a independência comercial da Premier League fizeram dela um grande negócio lucrativo ao longo dos anos. Agora, é a quarta maior liga do mundo com base nas receitas, o que a lhe garante um papel importante na economia do Reino Unido.