MPSC apresentou denúncia contra o Vereador Marcio Dalmolin por utilizar-se de parte dos salários de servidores nomeados por ele para pagar dívidas pessoais e de campanha eleitoral.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou ao Poder Judiciário denúncia pela prática do crime de peculato contra o Vereador MárcioDalmolin, contra sua assessora Rosângela Zanolli Vieira Alves e outras quatro pessoas. A denúncia é fruto da Operação Confidentia, desenvolvida desde 2014 pela 2ªPromotoria de Justiça da Comarca de Içara e que contou com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), para dar cumprimento a mandados de busca e apreensão e mandados de condução coercitiva em maio deste ano.
Na denúncia, o Promotor de Justiça Marcus Vinicius de Faria Ribeiro relata que o Vereador nomeou Rosângela como assessora parlamentar e repassava parte do salário da servidora para saldar dívidas pessoais e dívidas de campanha eleitoral que tinha com os outros denunciados, que utilizaram-se de “laranjas” para receber o dinheiro. Por dissimularem a origem e a movimentação dos valores, o Vereador, Rosângela e os outros denunciados, além do crime de peculato, responderão pelo crime de lavagem de capitais.
O Vereador Marcio Dalmolin, foi denunciado, ainda, por outro crime de peculato, praticado em conluio com Claudemir Machado. Consta na denúncia que o Vereador intermediou e articulou politicamente a nomeação de Claudemir para o cargo comissionado de Chefe de Setor na Secretaria de Saúde do Município de Içara.
Todavia, Claudemir nunca exerceu qualquer função de chefia, mantendo-se na função de motorista de ambulâncias, recebendo assim valores indevidos que somam mais de R$ 53 mil, entre abril de 2013 a fevereiro de 2016, com pleno conhecimento do Vereador.
Na ação, o Promotor de Justiça requer o afastamento cautelar da função pública para todos os denunciados que eventualmente a exerçam, caso do Vereador, da assessora parlamentar, e de Claudemir, que atualmente exerce cargo comissionado de Secretário Parlamentar na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em gabinete de Deputado Estadual. A denúncia ainda não foi apreciada pelo Poder Judiciário.