Rodas de conversa do projeto “Online pra vida” estão sendo conduzidas por psicólogos do Integra Coopera no Espaço Colaborativo e em escolas estaduais parceiras da cooperativa.

De acordo com dados do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 85% dos adolescentes entre 12 e 14 anos jogam videogame no país. A mesma fonte também aponta que o Brasil está no topo de rankings internacionais sobre o tempo de uso de consoles. Mas será que esse passatempo aparentemente inofensivo pode se tornar um transtorno de saúde mental? Para responder essa pergunta e conscientizar alunos e professores sobre o tema, o Integra Coopera, Espaço Comunitário Colaborativo da Coopera, deu início ao Projeto Online pra Vida.

O Projeto, conduzido por psicólogos ligados ao Espaço Comunitário da Cooperativa Pioneira de Eletrificação, a Coopera, está percorrendo escolas estaduais parceiras da Instituição. “Identificamos um crescimento nos problemas relacionados ao uso excessivo de redes sociais e vício em jogos nos atendimentos psicológicos a jovens no Integra. A ideia de debater o tema com mais profundidade com eles nasceu ali”, contextualiza Samara Barbosa, psicóloga do Integra.

As rodas de conversa com os alunos do 9º ano das escolas estaduais Luiz Tramontin, Aloísius Back, Angelo Izé e Natálio Vassoler, todas de Forquilhinha, estão ocorrendo durante os meses de setembro e outubro. “Nós tivemos conversas iniciais nas quais os alunos puderam perguntar tudo o que gostariam de saber sobre uso de telas e jogos. Agora estamos retornando para responder os pontos trazidos por eles”, explicou Josi Jacques, coordenadora do setor de cooperativismo da Coopera.

Dentre os tópicos abordados estão os fatores de risco do uso desordenado das telas no contexto familiar, o uso de drogas digitais, conscientização sobre os tipos de violência existentes nesses ambientes, além de dicas e estratégias para ajudar na relação do adolescente com a tela. “Esse tema é um desafio para pais e professores. E o debate reforça o papel da Coopera de atender o cooperado com muito mais do que o fornecimento de energia. Trabalhamos para zelar pela qualidade de vida dele e da sua família”, afirma Walmir Rampinelli, presidente da Coopera.

Quando o passatempo vira vício

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o vício em games é considerado um transtorno de saúde mental. A psicóloga Samara Barbosa relaciona alguns sinais de alerta para os pais e responsáveis:

• Jogar muito tempo, prejudicando outras atividades como comer, ler, higiene pessoal ou estudar;
• Prejuízo nas relações sociais, o jovem evita sair de casa e estar com a família ou amigos;
• Redução do tempo de sono;
• Queda no rendimento escolar ou profissional;
• Aumento dos conflitos familiares;
• Irritação quando fica afastado do jogo ou celular.

A psicóloga acrescenta que a presença de cinco ou mais desses sinais pelo período de doze meses é motivo de alerta. “Contar com o apoio de um profissional de saúde mental e participar de grupos de apoio é o melhor caminho para devolver ao jovem e a família, a qualidade de vida e a saúde”, finaliza Samara.

Para saber mais sobre o projeto Online pra Vida é só acompanhar o Espaço no Instagram @integracoopera.

Redação – Débora Cândido Garcia