Criminosos se dizem correspondentes de banco para usar cartões de vítimas em saques e compras.
A Polícia Civil de Criciúma emitiu um alerta à população, por conta de novos golpes de estelionato que tem sido registrado no município. Os criminosos ligam para as vítimas, fingindo ser correspondentes de um banco, e avisam a respeito de uma suposta compra fraudulenta efetuada com o cartão da pessoa.
De acordo com o delegado Ari José Soto Riva, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Criciúma, na sequência os golpistas alegam que a pessoa precisa ligar para o número 0800 que está no próprio cartão. Esse número foi clonado pelos estelionatários. “Quem atende pede que a vítima digite os números da conta, agência e senha do cartão. Depois, solicita que escreva de próprio punho uma carta, informando que não efetuou a compra. O criminoso, então, pede para que o cartão seja quebrado ao meio, dizendo que um funcionário do banco irá passar na residência e pegar a carta e o cartão quebrado”, explica.
O suposto representante do banco vai até o local e pega ambas as coisas. Segundo a autoridade policial, de posse de todos os dados do cartão e os dados que a vítima forneceu, são efetuadas compras e saques em agências bancárias, causando prejuízos.
“Nossas orientações são para que as vítimas fiquem atentas quando do recebimento de telefonemas dessa natureza e chequem, antes de passar as informações, se foi o próprio banco que ligou”, completa Riva.
Dois são presos por golpes em sites de vendas
Também por meio da 2ª DP, dois homens foram presos preventivamente por crimes de estelionato, receptação, falsa identidade e associação criminosa, praticados em Criciúma, Içara e Sombrio. Conforme as investigações, ambos são integrantes de um grupo de criminosos, composto ao menos por cinco pessoas, que tem praticado golpes por sites de vendas e lesado inúmeras vítimas.
De forma geral, após alguém anunciar de forma online que está colocando um produto que à venda, uma pessoa liga e se diz interessada na compra, afirmando que irá pagar por meio de depósito bancário. “Assim que a vítima concorda, o criminoso simula que faz o depósito do valor, por meio de envelope bancário, e manda outra pessoa buscar o produto, quase sempre um adolescente. Em um primeiro momento quem vendeu acredita que o valor declarado foi depositado, mas posteriormente, constata que foi vítima do golpe”, conta o delegado Túlio Falcão.
Ao longo das investigações, a Polícia Civil verificou que o grupo praticou pelo menos sete crimes da mesma natureza, em Criciúma, Içara e Sombrio. “Alguns deles acabaram sendo vistos pelas pessoas, o que fez com que dois fossem reconhecidos. Agora, as investigações prosseguem no sentido de responsabilizar todo o grupo pelas ações criminosas praticadas”, completa a autoridade policial.
Após a prisão, os suspeitos foram conduzidos ao Presídio Regional de Criciúma, no Bairro Santa Augusta.