Ainda sob influência da pandemia, dados projetados pelo Inca reforçam a importância do diagnóstico precoce.
Dedicado à saúde do homem, o Novembro Azul, também reforça sobre o câncer de próstata, que é o mais frequente entre o público masculino no Brasil depois do câncer de pele não melanoma. O alerta dos especialistas recai para a importância da retomada de exames, ainda impactados pela pandemia quando muitos alteraram suas rotinas de saúde. A força-tarefa reforça a necessidade do diagnóstico precoce para o aumento das chances de uma resposta positiva do tratamento.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que são esperados mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata no país em 2022. Os sintomas de câncer de próstata, conforme o oncologista, Kléber Dal-Toé, geralmente aparecem em estágios mais avançados da doença, mas muitas vezes se confundem com os sintomas de outras doenças da próstata e do aparelho urinário. “Na fase inicial, quando as chances de cura chegam a 90%, o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas”, destaca. São possíveis manifestações do câncer de próstata: Jato urinário fraco ou interrompido; vontade de urinar frequente; dor ou ardência ao urinar e sangue na urina.
Prevenção e tratamento
Além do fator idade, quanto mais passa o tempo são maiores as chances, pessoas com familiares afetados por câncer de próstata, principalmente pai e irmãos, tem risco mais elevado deste tipo de câncer. Dietas ricas em gorduras saturadas e carne vermelhas ou pobres em frutas, vegetais, produtos de tomate, peixes e soja tem sido implicadas como de risco aumentado para este tumor. “Além de manter hábitos saudáveis, outra forma de prevenção são os exames anuais de toque retal e dosagem de PSA que podem ser iniciados aos 50 anos e ajudam a detectar tumores iniciais”, afirma.
O especialista aponta que para a doença localizada, cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos. Para doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. “Para doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento inicial é a terapia hormonal. Novos agentes hormonais e novas quimioterapias foram desenvolvidas nos últimos anos, assim como agentes modificadores de metástases ósseas”, sublinha.
A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após discutir os riscos e benefícios do tratamento com o seu médico. “Existem muitos motivos para sermos otimistas com relação ao câncer. Na atualidade o médico tem várias opções na luta contra os diferentes tumores. É sempre importante lembrar que quanto antes seja diagnosticado, maior será a chance de cura para qualquer tumor”, salienta