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Nova tecnologia é utilizada em implante de prótese auditiva

Foto ilustrativa do implante

O procedimento, inédito na região, consiste na instalação de um pino de titânio na parte posterior da orelha. A cirurgia ocorreu no Hospital Unimed Criciúma, em uma paciente de 35 anos.

O Hospital Unimed Criciúma utiliza de nova tecnologia e realiza a cirurgia de Prótese Auditiva Ancorada no Osso (BAHA). O procedimento cirúrgico ocorreu no ouvido direito de uma paciente de 35 anos. Na região, compreendida entre Porto Alegre a Florianópolis, esta foi a primeira vez que a cirurgia aconteceu.

O procedimento consiste na instalação de um pino de titânio na região posterior da orelha, que serve como ancoragem para uma prótese auditiva. Ela codifica os sons e o transmite diretamente para o órgão responsável pela audição (cóclea). Na intervenção é realizada uma incisão (corte) na região atrás da orelha. Perfura-se o osso do crânio e fixa-se, por meio de um sistema de rosca, o pino do implante de titânio. Com o tempo ocorrerá a conexão direta estrutural e funcional entre o material e o tecido, incorporando-se permanentemente ao crâneo do paciente.

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“A cirurgia é um procedimento simples e o paciente recebe alta no mesmo dia. Não costuma causar dor na pessoa e nem a impede de trabalhar. Promove uma rápida recuperação pós-cirúrgico. Somente, após 30 dias da colocação do pino, a prótese auditiva é adaptada”, garante o otorrinolaringologista, dr. André Inocêncio Cesa, que conduziu a cirurgia.

Conforme otorrinolaringologista, o BAHA pode ser realizado em adultos e crianças. O implante de condução óssea ajuda pessoas com perda auditiva condutiva (problema no ouvido externo ou médio); perda mista (problemas no ouvido médio e interno) e surdez unilateral (perda auditiva total em um dos ouvidos). “A vantagem do BAHA está na utilização do aparelho auditivo. É indicado a pessoas que tiveram perda neurossenssorial unilateral ou condutiva e mista e não podem utilizar aparelho convencional. Outra vantagem é a transmissão. Aos pacientes com perda auditiva, por meio da via óssea o som fica mais nítido que pela via aérea”, explica Cesa.

Saiba mais

Como funciona

Basicamente o processador/transdutor externo capta os sons do ambiente por meio de um microfone e, após decodificar estes sons, transfere-os diretamente para a cóclea. Neste caso, o som é transmitido pelo osso do crânio (condução óssea) fazendo uma ponte pela orelha média e externa.

Indicações

Perda auditiva condutiva ou mista: Indicado nos casos em que não é possível a adaptação do aparelho auditivo convencional ou por ele não apresentar benefícios ao paciente.

Perda auditiva neurossenssorial unilateral (Single Sided Deafness): Neste caso, o som é captado pelo processador externo e transmitido por condução óssea para o lado contralateral (que deve ter audição normal). O objetivo é permitir a sensação de localização dos sons e melhorar a compreensão da fala, especialmente em ambientes com ruído competidor.

Francine Ferreira – Contato Múltipla Comunicação


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