Exposição “Vida Selvagem” traz 560 espécimes.
O Museu de Zoologia da Unesc inaugurou nesta quinta-feira (15/9) o seu terceiro núcleo na Universidade, com a abertura da exposição “Vida Selvagem”. O novo espaço, localizado no térreo e primeiro andar do Bloco S, abriga 560 espécimes dos principais biomas brasileiros, como a Floresta Amazônica, o Cerrado, a Caatinga, o Pantanal, a Mata Atlântica e os Pampas, além de algumas espécies representativas de outros países.
Todo o acervo foi doado pelos familiares do colecionador Indio Machado Vieira (falecido em 2014). Na solenidade, a Unesc homenageou os filhos do colecionador, Indio Machado Vieira Filho, India Machado Vieira e Ilaine Machado Vieira com placas de agradecimento e a Câmara de Vereadores de Criciúma entregou a eles, uma Moção de Aplausos pelo ato.
O acervo doado ao Museu de Zoologia contém 538 espécimes taxidermizados, sendo 416 aves, 105 mamíferos e 17 répteis, e 22 peças osteológicas (crânios de animais). A Universidade já possuía 440 exemplares e com os novos, passa a ter um acervo com 1.000 espécimes. Os exemplares vieram do Museu do Indio, idealizado e mantido por Vieira e pela sua esposa Ieda desde 1950 em Florianópolis.
O reitor da Unesc, Gildo Volpato, agradeceu aos filhos de Vieira por ter escolhido a Unesc para a doação dos exemplares e salientou que o gesto deles irá beneficiar toda uma região. “A Universidade recebeu, mas a comunidade é quem sai ganhando com um espaço de visitação, conhecimento e conscientização”, afirmou. Já a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Luciane Ceretta, lembrou que a doação feita pela família à Unesc vai contribuir de maneira efetiva com o trabalho desenvolvido pelo Museu. “Um dos projetos que representa bem essa interlocução entre Universidade e comunidade é o nosso Museu de Zoologia. Ele oferece diversas ações para a população e diversas possibilidades para o conhecimento”.
A coordenadora do Museu de Zoologia da Universidade, Morgana Cirimbelli Gaidzinski, afirmou que além de trazer a beleza da fauna brasileira, a exposição “Vida Selvagem” e chama a atenção para as ameaças aos animais. “A exposição tem como objetivo apresentar as muitas belezas e as formas variadas da fauna, e consciencializar sobre os numerosos benefícios que nos oferece a sua preservação”, afirma Morgana.
Indio Machado Vieira Filho comentou que a família está feliz em ter doado o acervo para a Instituição e por saber que ele irá servir para fins educativos e colaborar com a preservação ambiental, uma das preocupações de seu pai. “Meus pais dedicaram a vida ao Museu do Indio. Meu pai era um apaixonado pelos animais e sempre buscou saber mais sobre eles. Foi ele quem taxidermizou todas essas espécimes”, contou.
A exposição traz espécies como o tamanduaí, considerada a menor espécie de tamanduá do mundo; o tamanduá-bandeira, ameaçado de extinção; preguiças, primatas como: chipanzé, mico-leão-dourado, macaco-barrigudo, macaco-de-cheiro, bugios e pregos. Há ainda mamíferos como capivaras, onça-pintada, iraras, lontras, zorrilhos, gatos-do-mato, veados, tatus, graxains e aves de rapina como os falcoes e gaviões; aves de ambientes aquáticos, como flamingos, garças, socós; aves florestais como as araras e tucanos além de um expressivo número de passeriformes. O núcleo apresentará também a pele de uma sucuri com mais de seis metros de comprimento, jiboias, iguanas e o cágado mata-mata, espécie muito pouco conhecida na região sul do país.
A solenidade teve ainda a presença das pró-reitoras de Ensino de Graduação, Maria Aparecida Mello e de Administração e Finanças, Kátia Soratto, do representante da Polícia Ambiental, Rosinei Freitas da Rosa e da diretora de Turismo da Fundação Cultural de Criciúma, Fátima Guimarães. Professores e estudantes da Universidade e do Colégio Unesc também visitaram a exposição.