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Museu de Zoologia: há 16 anos promovendo turismo, preservação e educação no Sul de SC

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Foto: Leonardo Ferreira

Na semana em que comemora seu aniversário, local recebe o encontro estadual de museus.

Preservação da história, resgate da cultura e valorização da vida. Assim, durante 16 anos, o Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbeli Gaidzinski da Unesc vem contribuindo com o turismo, com a educação e com a memória do Sul de Santa Catarina. Fundado em 26 de setembro de 2002, o espaço completou mais um ano de atuação nesta quarta-feira, 26, e recebeu nesta quinta, 27, a segunda edição do encontro estadual “Museu e Educação”. A conversa, aberta ao público, reuniu estudantes e profissionais para pensar sobre valorização histórico-cultural e o futuro dos museus.

Os trabalhos desenvolvidos no Museu da Unesc envolvem turismo, educação, pesquisa e preservação ambiental e são referência no Brasil. O local já recebeu mais de 400 mil pessoas e se tornou um dos museus mais visitado de Santa Catarina.

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O coordenador do Sistema Estadual de Museus, Renilton Roberto da Silva Matos de Assis, esteve no encontro desta quinta-feira e destacou a importância dos museus para a história do Brasil. “Cada trabalho desenvolvido, seja no Sul de Santa Catarina, no Rio de Janeiro ou em Minas Gerais, pertence ao povo brasileiro e conta sobre suas origens e tradições. No Sul de Santa Catarina, o Museu de Zoologia da Unesc é, e sempre foi, nosso grande aliado, principalmente quando falamos em educação”.

Renilton também ressaltou o evento como de grande relevância para a valorização dos espaços de preservação. “É um momento de união. Recebemos a triste notícia do descaso em forma de tragédia no Museu Nacional. Infelizmente a história não pode ser recontada e nada substitui os bens da nossa origem. Isso dá ainda mais valor a eventos de estimulo a novas ideias para preservar”, afirma.

O encontro é proposto pelo SEM (Sistema Estadual de Museus de Santa Catarina), e em Criciúma contou com a presença do arte-educador do Museu de Arte de Santa Catarina, Sérgio da Silva Prosdócimo, da museóloga do Museu Ferroviário de Tubarão, Silvana Silva de Souza, do presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Sérgio Zappelini e do diretor do Museu Histórico Thiago de Castro, Ader Godoy.

O encontro estadual “Museu e Educação” faz parte do programa “Conversando sobre Museu”, que tem como proposta levar às sete regiões museológicas do Estado temáticas de interesse ao campo museal catarinense.

A coordenadora do Museu de Zoologia da Unesc, Morgana Cirimbeli Gaidzinski, avaliou a iniciativa como peça fundamental para o futuro do turismo em Santa Catarina. “O evento faz parte do programa Conversando sobre Museu, um novo ciclo de conversas que está abordando este tópico de fundamental importância para o campo museal, para o turismo e para a educação em Santa Catarina”, afirma.

Conheça o Museu de Unesc e sua atuação

Turismo, educação ambiental, pesquisa e educação. Sustentado nestes quatro pilares o Museu de Zoologia da Unesc tem como destaques seus quatro núcleos expositivos, com visitas guiadas, e seus diversos programas de educação ambiental, que abrem as portas da Universidade para as escolas de Criciúma e região em um mundo de histórias e conhecimentos.

“Conseguimos contribuir significativamente para o aprendizado ambiental no Sul da Santa Catarina. Um número cada vez maior de escolas inclui a visitação aos programas educativos do Museu de Zoologia como uma das atividades no seu calendário anual. Ao todo, 538 escolas de 45 municípios já passaram pelos nossos espaços”, destaca Morgana.

A atividade desenvolvida pela Unesc no âmbito escolar foi reconhecida nacionalmente pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) em três edições no Prêmio Darcy Ribeiro de Educação e pela Fundação Catarinense de Cultura com o Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura.

Contribuição ao turismo regional

O encanto dos mares, a diversidade da fauna e o fomento a preservação também são encontrados nos corredores do Museu. Instalado em uma estrutura de Universidade, suas exposições, espalhadas pelo campus, contam com exemplares de aves, mamíferos, invertebrados aquáticos e repteis, atributos que garantiram a presença da Unesc no roteiro turístico “Encantos do Sul”, organizado pela Santur (Santa Catarina Turismo).

“O Museu de Zoologia representa um papel importante na construção do projeto turístico da região, colocando em destaque suas missões de preservar e proteger o patrimônio natural para garantir uma análise do desenvolvimento e da qualidade de vida da comunidade do Sul de Santa Catarina”, destaca a coordenadora.

O local também está presente, desde 2007, no Roteiro Oficial de Visitação Turística do Município de Criciúma.

Exposições

Retratando a beleza dos mares, a exposição “Ecossistema Marinho” apresenta espécimes taxidermizadas e esqueletos de animais marinhos, encontrados no Litoral Sul de Santa Catarina. Quem visita os corredores do Bloco Administrativo da Universidade se encanta com os exemplares, entre pinguins, tartarugas-marinhas, lobos e leões marinhos, conchas de moluscos, peixes, diferentes espécies de invertebrados marinhos, golfinhos e baleias. Os mais desavisados ainda podem se surpreender com a grande baleia-de-Bryde, que tem 13,5 metros de comprimento e é um dos destaques do Museu.

Tucanos, lontras, arancuãs, furões e guaxinins são apenas alguns dos animais silvestres encontrados na exposição “Animais da Mata Atlântica”.

Para sensibilizar os visitantes sobre a influência do homem na natureza, a exposição “Impactos” apresenta as principais atividades responsáveis pela perda da fauna. A caça ilegal, atropelamentos em rodovias, envenenamento por agroquímicos, queimadas e o tráfico de animais silvestres estão retratadas nos corredores do Museu.

A “Vida Selvagem” é composta por espécimes que habitam os principais biomas brasileiros e traz uma diversidade de espécies da fauna local. Entre os curiosos exemplares é possível encontrar o tamanduaí, menor espécie de tamanduá do mundo, e o tamanduá bandeira, maior já encontrado e ameaçado de extinção. O acervo também conta com primatas como o macaco-barrigudo, macaco-prego, mico-leão-dourado, bugio, chipanzé, todos ameaçados de extinção, e é completada pela beleza das formas e cores de 416 espécimes de aves.

Francine Ferreira – Setor de Comunicação Integrada Unesc


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