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Mulheres da Penitenciária Sul fazem apresentação de coral

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Frequentadores do Nações Shopping vivenciaram um momento diferente nesta semana. Um grupo de 19 mulheres que cumprem pena na Penitenciária Feminina fez uma apresentação de coral na praça de alimentação do shopping, num projeto que busca a ressocialização de detentas através da música.

A apresentação marca o encerramento do projeto “Empoderando mulheres no cárcere”, realizado pelo Câmpus Criciúma do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) em parceria com a Penitenciária Feminina. Desde agosto deste ano, foram realizadas, além das aulas de canto orientadas pela maestrina Sílvia Teixeira, palestras e oficinas sobre empreendedorismo, idiomas e possibilidades de reinserção no mercado de trabalho.

As mulheres também confeccionaram artesanato, sob orientação da artesã Ivana Valentini. Os trabalhos serão expostos no próximo dia 10, desta vez no Criciúma Shopping.

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O projeto de extensão do IFSC é uma das atividades realizadas pela instituição em parceria com a área de educação do Departamento de Administração Prisional (Deap) na região sul de Santa Catarina. Também são realizados cursos de qualificação profissional e certificação de competências tanto na Penitenciária Feminina quanto na Penitenciária Sul.

Para Marisilvia dos Santos, coordenadora de Extensão do IFSC Câmpus Criciúma, o projeto é um marco para a instituição. “É um projeto ímpar, porque estamos implementando a missão do IFSC, que é promover a inclusão e inserir estas pessoas na comunidade, pensando que elas sairão da penitenciária um dia e por isso é importante trabalhar com a ressocialização”, afirma.

Juíza da 2ª Vara de Execuções Penais de Criciúma, Débora Rieger Zanini afirma que em 18 anos de atuação é a primeira vez que acompanha um grupo de canto de uma penitenciária fazendo uma apresentação em um shopping center.

“Eu tenho 18 anos de magistratura e isso nunca aconteceu em Criciúma. Cuido de três unidades prisionais e nunca foi feito nenhum trabalho neste nível. Para nós é muito importante, porque temos que ter em mente que as pessoas estão presas buscando uma ressocialização, buscando serem pessoas melhores, porque um dia elas vão voltar para a sociedade. Então, este é um trabalho importante porque ensina algo de bom, que essas pessoas podem buscar um alento, podem buscar algo melhor”, destaca.

Para a maestrina Sílvia Teixeira, a experiência de trabalhar com um grupo de detentas também foi inédita em seus 25 anos de carreira. “A música tem esse poder de incluir as pessoas e mostrar que existem possibilidades diferentes. Por escolhas na vida, essas mulheres estão na penitenciária, mas a música tem essa capacidade de mostrar que dá para fazer diferente e você pode mudar sua vida”, diz.

Francine Ferreira- Daniel Cassol


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