Nos últimos dias, acidentes vitimaram cinco homens por cidades da região.
Chama atenção, negativamente, o número de mortes de motociclistas registrado nos últimos dias na região. Desde o sábado, cinco homens perderam a vida em acidentes envolvendo motos nas cidades de Treviso, Lauro Müller, Siderópolis, Cocal do Sul e Tubarão. Destes, quatro faleceram em um intervalo de 24 horas entre a segunda e terça-feira.
As últimas duas ocorrências foram registradas ontem, praticamente ao mesmo tempo, ao meio dia. Uma aconteceu na SC-108, Bairro Vila Nova, em Cocal do Sul, onde uma colisão frontal entre uma motocicleta e um automóvel Fiat Strada vitimou Daniel dos Santos, de 30 anos. Já na Avenida Padre Geraldo Spettmann, em Tubarão, Deisid Saviatto Negrello, de 28 anos, também morreu depois de colidir a moto que pilotava na lateral de um WM Jetta.
Antes dessas fatalidades, na última segunda-feira, outros acidentes resultaram nas mortes de dois homens: o idoso Loreni de Oliveira, de 65 anos, em Lauro Müller, que não resistiu a um politraumatismo depois de uma colisão entre duas motocicletas; e Kleiton Luiz Bada, de 24 anos, que colidiu na lateral de um caminhão na SC-445, em Siderópolis, e faleceu na hora. A tragédia em Lauro Müller deixou, ainda, um adolescente de 16 anos em estado grave.
E na tarde do último sábado, o advogado, Gilberto Oenning, de 66 anos, também perdeu a vida após colidir a motocicleta que pilotava contra um moerão de madeira às margens da SC-446, em Treviso.
Tantas vítimas em um curto espaço de tempo reacendem o alerta para o perigo nas estradas da região. “Principalmente para quem dirige motocicletas. Costumo dizer que cada pessoa que tem uma moto deveria pensar duas vezes antes de dirigi-la. É fato que quem tem um veículo deste dificilmente terá uma segunda chance caso se envolva em algum acidente, porque como é uma forma de transporte menos protegida, sempre acabam sendo registradas colisões com mais vítimas ou lesões corporais graves”, ressalta o agente de polícia civil e do Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma, Almir Fernandes de Souza.
Além disso, de acordo com o agente, grande parte destes acidentes poderia ser prevenida de alguma forma. “Uma pesquisa do Departamento Nacional de Trânsito chama muita atenção em relação a este assunto. Ela diz que pelo menos 90% dessas ocorrências acontecem por falha humana, e o restante por problemas mecânicos e condições precárias das vias. Ou seja, alguma falha sempre se identifica, seja por excesso de velocidade, uso de álcool ou alguma forma de negligência. É uma realidade bastante preocupante”, completa.
E a cada morte registrada, pode-se considerar pelo menos seis a sete feridos, em sua maioria com sequelas graves, segundo Souza, o que torna a direção defensiva ainda mais necessária. “Por isso buscamos sempre realizar e reforçar um trabalho de educação para o trânsito, com objetivo de transformar a nova geração e torná-la mais consciente”, finaliza o agente do IML.