Promovido pelo Hospital Unimed Criciúma, evento também tratou sobre cuidados paliativos
De quem é a vida afinal? Esta pergunta foi tema de uma palestra promovida pelo Hospital Unimed Criciúma na noite dessa terça-feira, dia 18, na Associação Empresarial de Criciúma – ACIC. Para debater esta questão estiveram presentes o médico geriatra e líder da comissão de cuidados paliativos da instituição, Álvaro Alberto Barcelos, e representantes da igreja católica, luterana e espírita.
De acordo com o geriatra, o processo fisiológico da morte é igual para todos, o que diferencia é a maneira como cada pessoa encara este momento. “Percebemos que as pessoas que possuem mais fé têm mais facilidade de compreender a perda, por isso, a crença é tão importante”, frisa Barcelos.
O Hospital Unimed conta com uma equipe multidisciplinar formado por psicóloga, fisioterapeuta, enfermeira, farmacêutica, nutricionista, além de um profissional da medicina. Esta comissão realiza reuniões e faz um acompanhamento com os pacientes e com a família. “Trabalhar com a família também é essencial. Atuamos na melhor maneira para que o paciente sofra o menos possível”, comenta a fisioterapeuta da comissão, Morgana Lima.
Durante a palestra o geriatra mostrou alguns cuidados paliativos, que servem para aprimorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares que enfrentam problemas com doenças ameaçadoras, através de prevenção e alívio do sofrimento. O médico geriatra ainda mostrou exemplos de histórias de pessoas que perderam a vida recentemente.
Após a apresentação um debate foi realizado entre o médico e os representantes convidados. Da crença espírita esteve presente, Dorilda Esmeraldino; da Luterana, Rodrigo Steinmann Bayer, e da católica, padre Antônio Júnior.
De acordo com o padre, a morte ainda é um mistério, mas unir a medicina com a fé é um ponto muito positivo. “Quando a ciência nos pergunta sobre a fé ficamos contentes. A Unimed está de parabéns em proporcionar este debate”, comentou Júnior. Ainda segundo Barcelos, as reações perante a perda são distintas, no entanto, o segredo é saber viver enquanto se está vivo, tendo cada segundo como o infinito.